Reserve Aqui 15/08/2017
Continuando a viagem à Portugal, segue abaixo a segunda parte da minha estadia em Lisboa, referente ao terceiro e quarto dia na capital! Caso você ainda não tenha lido a primeira parte, clique aqui.
TUK TUK TOURS
No terceiro dia de manhã fizemos um tour pela cidade de tuk tuk. Achei demais! É um jeito fácil e agradável de explorar a cidade! O hotel organizou tudo e gostamos muito do nosso guia. Antes de sair do hotel definimos com ele o nosso roteiro e quais eram os principais pontos turísticos que queríamos ver. Como batemos bastante perna no dia anterior, resolvemos focar a maior parte do tour na parte velha da cidade, como o Alfama. Começamos o tour passando pela Igreja de Santo Antonio, onde você pode fazer o seu pedido especial ao Santo em troca de uma moeda. Paramos para conhecer a Sé Catedral, a primeira igreja de Lisboa, construída em 1147! Com uma construção meio gótica e bem antiga, nota-se na fachada que a Catedral fazia parte do muro que cercava a cidade antiga. A Catedral sobreviveu terremotos e foi modificada ao longo dos anos, então hoje ela possui diferentes estilos de arquitetura e dentro dela é possível notar essas diferenças. Atrás do altar a decoração já é barroca, rica em detalhes, diferente do restante da igreja, por exemplo. Em 1910 a Sé Catedral foi declarada Monumento Nacional.
Continuando nosso tour, fizemos uma breve parada para ver as ruínas do Teatro Romano e depois fomos para o Miradouro de Portas do Sol. O Largo ganhou esse nome, pois ele é o melhor lugar da cidade para ver o sol nascer! A vista é super bonita. Aqui você encontra uma estátua de São Vicente, o padroeiro oficial de Lisboa, mas a preferência popular é pelo Santo Antonio, o santo casamenteiro, que acabou tornando-se padroeiro da cidade também! Kkk. Olhando para o Tejo, no canto direito do Largo, você encontra uma escadaria. Se você descer alguns degraus, irá se deparar com um arco à sua esquerda. Embaixo dele tem uma história de quadrinhos desenhada contando toda a história de Lisboa desde o início até os dias de hoje. É muito legal! Próximo ao Miradouro de Portas do Sol você encontro outro lindíssimo, o Miradouro de Santa Luzia. Infelizmente ele estava fechado para reforma, assim como alguns outros na cidade, então não podemos conferir de perto o lindo painel de azulejos e as bougainvílleas pelo qual ele é conhecido! Vale ir conhecer se já estiver aberto!
Indo em direção ao Bairro da Graça, uma antiga zona operária, encontramos o retrato da famosa cantora de fado Amália Rodrigues, feito pelo artista Vihls. É bem bacana. A Graça hoje está aos poucos se transformando em um bairro descolado com imóveis caríssimos. Por causa da sua localização, a maioria das casas possuem vistas lindas de Lisboa. Atualmente, os bairros mais luxuosos de Lisboa são o Chiado, Parque das Nações e a Lapa, nessa ordem. Nosso motorista/guia fez questão de nos mostrar a Villa Bertha, ainda desconhecida por muitos. Mais que uma rua estreita, essa área é um oásis de paz num dos históricos bairros de Lisboa. A Villa em si é antiga, possui mais de 100 anos, e chama atenção por sua arquitetura diferenciada no meio de uma vila de operários, que contém largas sacadas em ferro, azulejos e toques Art Nouveau. Vale conhecer se você estiver passeando pela região. Nossa próxima parada foi o Miradouro Nossa Senhora do Monte, considerado por muitos o mais bonito da cidade! E a vista é realmente espetacular! Daqui conseguimos ver o rio Tejo, Castelo de São Jorge, Cais do Sodré, Cristo Rei, Rossio, Palácio da Ajuda, Miradouro São Pedro de Alcântara, etc. No entanto, o que mais me interessou foi a história da Capela Nossa Senhora do Monte, situada no mesmo local. Aparentemente, a capela possui uma poderosa cadeira da fertilidade hahaha que é guardada por uma mulher que teoricamente é sua guardiã. Reza a lenda que quem senta nessa cadeira consegue engravidar! Não é à toa que essa capela é um dos locais mais requisitados para cerimônias de casamento! A fila de espera chega a dois anos!
Para encerrar o tour da parte velha de Lisboa, passamos pela Igreja de São Vincente, super bonita, e o imponente Panteão Nacional, até chegar na Feira da Ladra. A Feira da Ladra é uma espécie de mercado das pulgas onde diversos vendedores se reúnem para comercializar bens antigos, roupas e objetos usados e outras mercadorias. A feira acontece somente às terças e sábados. Sem querer escolhemos o dia certo (ou errado) kkk. Eu fiz questão de parar aqui porque eu queria ver o novo mural de André Saraiva no Jardim Botto Machado, junto à Feira da Ladra. Pintado em 2016, o enorme mural possui 170 metros e 46 mil azulejos pintados à mão, com desenhos de monumentos portugueses e internacionais. Eu achei super cool! Não vou negar que os comerciantes atrapalharam meu campo de visão e as fotos hahah mas tudo bem! Ainda deu para ver direitinho! Passamos então a manhã explorando a parte antiga e depois nosso tuk tuk nos levou para conhecer o hypado LX Factory. Todo mundo recomendou esse lugar e disseram que era imperdível! Então é óbvio que fomos kkk.
LX FACTORY
A LX Factory é uma antiga fábrica de tecidos que foi totalmente revitalizada e transformada em um centro comercial descolado, cheio de lojas bacanas, cafés e restaurantes, e muito street art! O local fica embaixo da Ponte 25 de Abril. Nós visitamos o local à tarde, durante a semana, e mesmo assim tinha um movimento, mas acredito que o ideal seja ir no final do dia aos finais de semana! Em termos de gastronomia, as opções são vastas e aqui você encontra de tudo um pouco – restaurante vegano, sushi, hambúrguer, etc. O restaurante Rio Maravilha é conhecido pelo seu rooftop e linda vista, e costuma a bombar no Happy Hour aos finais de semana. Os restaurantes Taberna 1300, Chef Nino e o Cantina são super charmosos e agradáveis. Para os doceiros de plantão, aqui você encontra a famosa loja de bolos de chocolate, a Landeau, uma loja que vende brigadeiros (sim!), a Brigadeirando, e os bolos da Marta! Em termos de lojas, tem muita coisa legal também! Vale a pena dar uma olhada na Wish, M.Oculista.Lx, Bairro Arte, Kare, Rutz, More Than Wine e Papelaria Ponto das Artes. A Livraria Ler Devagar é imperdível!
BELÉM
A próxima e última para no nosso tuk tuk tour foi Belém! Nos despedimos do nosso guia e continuamos a passear por nossa conta. Antes de visitar alguns monumentos, paramos para almoçar em um dos restaurantes da esplanada próximo à Praça do Império, a maior praça do país. Esse dia estava extremamente calor, quase 40º, então resolvemos sentar no único restaurante que tinha ventiladores! Todos ali são super turísticos, não recomendaria nenhum, mas a gente estava com fome e era o que tinha por perto! Kkk. Sabe aqueles restaurantes com fotos do prato no cardápio?! Isso é sempre um sinal ruim, mas como todos tinham, não tinha muito o que fazer!! Sentamos em um lugar chamado Mamma Donna, onde comemos uma pizza, pois você dificilmente erra pedindo uma pizza em um lugar desses. Depois de uma refeição OK, resolvemos comer os famosos “Pastéis de Belém” de sobremesa! Fundada em 1837, a pastelaria é linda, coberta de azulejos em azul e branco. Uma espécie de mito, é somente aqui que você prova os autênticos pastéis de Belém porque eles possuem a receita original. A pastelaria mantém em segredo a sua receita, supostamente herdada do Mosteiro dos Jerônimos, onde ela foi criada! A produção não para, afinal, são cerca de 20 mil pastéis vendidos diariamente aqui! Loucura né?! Dependendo da hora do dia, a fila é maior ou menor. Eu tive sorte e peguei pouca fila. Sugiro ir na fila de “takeaway” e comer no balcão ao invés de sentar – é bem mais rápido! Os pastéis estavam ótimos, claro, mas não vou negar: eu preferi os da Manteigaria!!
Belém é um local de grande valor simbólico para o país porque era aqui que se dava início aos descobrimentos, há mais de 500 anos. Esta zona foi totalmente revitalizada com ajuda de um projeto iniciado em 2008, que transformou 19 km de beira-mar em um enorme calçadão para atividade de desporto e lazer às margens do Tejo, especialmente na parte entre o Terreiro de Paço e Belém. Além dos principais monumentos como o Mosteiro dos Jerônimos e a Torre de Belém, vale conferir a Coleção Berardo. Fundado por um bilionário sul africano, esta é uma das coleções privadas de arte moderna mais importantes do país. Picasso, Dalí, Magritte, Basquiat, Rothko, Andy Warhol e Frank Stella são alguns dos nomes que você encontra aqui. Se essa for sua primeira vez em Lisboa, a visita ao Museu dos Coches é obrigatória!
MOSTEIRO DOS JERÔNIMOS
Depois de adoçar a boca com pastéis de Belém kkk fomos visitar o Mosteiro dos Jerônimos. Situado na Praça do Império, o local é um dos mais belos monumentos da capital – o mais bonito na minha opinião! Uma verdadeira joia da escola de arte Manuelina, o Mosteiro foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1983. Conhecido também como Mosteiro de Santa Maria de Belém, o local foi idealizado por D. Manuel I e começou a ser construído em 1496. A imponente e grandiosa construção levou um século para ser finalizada, e por fim foi doada aos monges da Ordem de S. Jerônimo, que ali viveram até o século XIX. Gente, o mosteiro é simplesmente MARAVILHOSOO! Eu não lembrava dele, fiquei encantada com tanta beleza e riqueza nos detalhes. É de tirar o fôlego! Não é à toa que demorou tanto tempo para ficar pronto kkkk. O Mosteiro é parada obrigatória!! Sendo um dos monumentos mais importantes, é claro que tinha fila para comprar ingresso né?! Até que andou rápido, mas foi duro esperar em pé naquele sol escaldante! Enquanto meu pai estava na fila eu aproveitei para entrar na estonteante Igreja de Santa Maria de Belém, colada no mosteiro, que também é uma COISA!! Entretanto, aqui a entrada é gratuita. Logo na entrada da igreja você encontra os túmulos de Vasco da Gama e Luís de Camões. É muito bonita! Eu diria que passamos uns 20-30 minutos na fila da bilheteria, que não é ruim, mas reparei que na hora que estávamos saindo já não tinha mais fila alguma, então o final da tarde deve ser um bom horário para visitar!
PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS
O Padrão dos Descobrimentos é um importante monumento situado às margens do rio Tejo, em frente à Praça do Império, em Belém. Ele foi construído em 1960 durante a ditadura de Salazar para homenagear as grandes conquistas portuguesas e comemorar os 500 anos da morte do Infante D. Henrique, conhecido como “Henrique o Navegador”. O monumento representa a proa de uma caravela com 33 pessoas a bordo, entre elas D. Henrique, o pintor Nuno Gonçalves com uma paleta e o poeta Camões segurando “Os Lusíadas”. Dentro do monumento você encontra o Centro Cultural das Descobertas no piso inferior e um miradouro no topo. Subi de elevador até o miradouro de onde se tem uma vista panorâmica incrível de Belém e do rio Tejo. Ali do topo é possível ver perfeitamente a rosa-dos-ventos desenhada no chão na frente do monumento, um presente oferecido pela África do Sul. É bem bonito! Claro que essas coisas só acontecem comigo, mas adivinha quem estava na fila atrás de mim para entrar?! Ninguém menos que o Presidente de Portugal! Hahaha. Muito simpático! Kkk.
TORRE DE BELÉM
Do monumento caminhamos pela orla até chegar na Torre de Belém. A orla é bem simpática, tem vários quiosques e segways, etc para alugar. A caminho da Torre passamos pelo restaurante À Margem, um cubo de vidro com vista privilegiada sobre o Tejo. É um bom lugar para fazer uma pausa e tomar uma coca para se refrescar ou então contemplar o pôr do sol. Chegando na Torre de Belém tinha uma fila grande, para variar. Estava calor demais e eu já estava exausta…eram 5 da tarde…não tava afim de encarar a fila para ver de novo o que já vi antes! Caso estivesse vazio eu teria subido, mas abortei. Assim como o Mosteiro, a famosa Torre de Belém possui incrível arquitetura do período manuelino e foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Construída entre 1515 e 1519, a Torre de Belém é uma fortaleza que foi desenhada para defender a entrada do Tejo dos barcos inimigos. Esse é outro monumento imperdível em Lisboa. Ao lado da Torre tem um quiosque da tradicionalíssima Confeitaria Nacional. A loja original é no Rossio, onde você deve provar o “Bolo Rei”, mas aqui você encontra tentadores docinhos conventuais como “papo de anjo”, “toucinho do céu”, “barriga de freira” e muitos outros.
MIRADOURO DE SANTA CATARINA
Antes do nosso jantar, resolvemos ir no Miradouro de Santa Catarina, também conhecido como Miradouro do Adamastor. O local fica perto do Bairro Alto Hotel então fomos a pé. Chegando lá nos deparamos com um monte de gente sentada contemplando o pôr do sol e escutando música ao vivo! Bem animado o negócio! Hahaha. A vista aqui é muito bonita, abrangendo o porto, o Tejo, a Ponte 25 de Abril e a estátua do Cristo Rei do outro lado do rio. Vale a pena ver o agito aqui no final do dia! Em volta do miradouro você encontra dois bares e um quiosque: o bar Pharmacia, o quiosque do miradouro e o Noobai Café. Todos são simpáticos da sua maneira e servem drinks etc. As mesas são concorridas então chegue cedo se quiser garantir o seu lugar!
SOLAR DOS PRESUNTOS
Na terceira noite nós jantamos no Solar dos Presuntos, um restaurante despretensioso e honesto, com excelentes carnes e frutos do mar. Tradicional, o lugar é frequentado há mais de 35 anos pelos locais. A prova disso está na própria decoração do local – basta olhar em volta e ver todas as gravuras e retratos com celebridades e personalidades conhecidas que estão pendurados nas paredes! Um típico restaurante português, acho que esse era o restaurante que mais queríamos ir! Ele é super concorrido então tem que reservar com uma certa antecedência. Aqui não tem uma área de espera, e se você chegar lá sem reserva o maître vai pedir desculpas e dizer que não tem como acomodar você. Eu vi isso acontecer 2x enquanto estava esperando para sentar! Na entrada do restaurante tem um tanque enorme cheio de lagostas! Resolvemos não pedir entradas e fomos direto ao que interessa kkkk. As porções aqui são generosas então recomendo fazer como nós e pular para o prato principal, ou senão pedir algumas entradas e depois dividir o prato principal com alguém. Meus pais comeram bacalhau e amaram, mas como eu não como frutos do mar, pedi um “bife à portuguesa” que estava top! Para quem não sabe, esse prato é na verdade um bifinho básico com molho de frigideira, feito com azeite, alho e vinho branco, e acompanhado de batatas. Bem gostoso. A sobremesa foi uma perdição!! Provamos as “nuvens nevadas” (ovos nevados com creme inglês), uma sobremesa típica, e também uma fatia do bolo de pão de ló com calda de doce de ovos com canela. Meu deus, esse último era incrível! É bem doce, mas absurdamente bom! Sonhando com esse bolo até hoje! Kkk. Procurei depois em outros lugares, mas não encontrei! Recomendo muito o Solar dos Presuntos, inclua sem falta no seu roteiro!
BORDALLO PINHEIRO
Se você for a Lisboa, você não pode voltar para casa sem uma sardinha da Bordallo Pinheiro! Kkk. A sardinha original do artista português Rafael Bordallo Pinheiro tem natureza tridimensional (imagina que a primeira foi feita muitos anos atrás) e virou símbolo ícone da cidade. Todo ano novos modelos e desenhos são introduzidos e é algo divertido de se colecionar! O melhor lugar para encontrar essas sardinhas é na tradicional loja de porcelanas Vista Alegre. A loja fica do lado do hotel, no Largo do Chiado. A loja vende louças maravilhosas, de sua própria fabricação, além de outros artistas e designers conhecidos, como Bordallo Pinheiro e Christian Lacroix. A melhor parte? Não é caro! Existem diferentes coleções do Bordallo Pinheiro, mas sou apaixonada pelas frutas! Tudo é incrível! Louças de morango, melancia, etc…difícil é carregar tudo de volta! Nós não resistimos e compramos uma linda fruteira em formato de melancia! Vale entrar e dar uma olhada!
CASCAIS
No quarto e último dia, resolvemos passar o dia e almoçar em Cascais! Considerado o refúgio dos lisboetas, Cascais fica a cerca de apenas 20 km de Lisboa. Para chegar lá, você pode pegar um “comboio” (trem) na estação do Cais do Sodré ou pode ir de carro. O trem sai a cada 20 minutos. Caso você não queira alugar um carro para fazer este programa, você pode também pedir um Uber, e foi o que fizemos! Essa dica foi do Concierge do hotel e achamos super válida. Pedimos um Uber X ao invés do Black, pois aqui em Portugal o X é bom e custa metade do preço! Levamos 25 minutos até Cascais e mais 10 minutos para chegar no centro – super rápido! Existem dois caminhos para chegar em Cascais de Lisboa: a auto estrada ou a estradinha que vai beirando a costa, passando por Estoril. A diferença em tempo é quase mínima (tipo 10 minutos) então se você não estiver com pressa, vale a pena pegar a rota cênica! Nosso Uber nos deixou no centrinho que é toda região ao redor da Avenida Valbom. Batemos perna e exploramos as charmosas ruas do centro, caminhando aos poucos em direção às praias! Para quem estiver interessado em shopping kkk recomendo a Loja das Meias, uma multimarcas boa! Além do pitoresco centro histórico, Cascais tem praia extensas, uma marina própria, cultura e natureza! Achei a cidade uma paz, com uma arquitetura e charme único! Cascais é bem verde, cheia de lindos parques! Quando chegamos à Praia da Ribeira nos encantamos por uma casa que hoje abriga um restaurante e um pequeno hotel. Todo azul, o restaurante Reserva faz parte do luxury guesthouse Villa Cascais, um hotel boutique com vista privilegiada! Eu não conheci os outros hotéis da região, mas sem dúvida me hospedaria aqui numa próxima vez! Achei super fofo!!
Saímos caminhando pela linha costeira em direção à Boca do Inferno. Aqui tem casas lindíssimas! Quanto mais longe do centro histórico, maiores as propriedades. Ao longo do caminho, a cor da água foi ficando cada vez mais linda e transparente! Estava um calor do cão e a gente estava caminhando pela estrada então chegamos na famosa Boca do Inferno mortos! Hahaha. Talvez seja melhor pegar um Uber ou um taxi kkk. A Boca do Inferno fica na costa Oeste de Cascais, e trata-se de uma formação única de rochas calcárias, cheia de cavidades e grutas. Uma das principais atrações turísticas de Cascais, o nome “Boca do Inferno” deve-se ao tremendo e assustador impacto das ondas que batem nessa enorme cavidade a céu aberto e ao formato de boca que a abertura da rocha parece ter. Cascais possui uma vertente oceânica poderosa, que faz com que o mar fique violento, e no caso da Boca do Inferno, eleva-se numa espuma branca e mortífera por dezenas de metros. Essa vertente também pode ser testemunhada na famosa Praia do Guincho e no restaurante Monte Mar. A diferença no vento e no mar nessa parte de Cascais é brutal. É preciso ter cuidado aqui, pois a falésia é desprotegida e perigosa, mas a paisagem magnífica compensa tudo! Imperdível!
MONTE MAR
Depois da Boca do Inferno fomos almoçar no restaurante Monte Mar, na Estrada do Guincho, que foi fortemente recomendado por amigos locais! O local é famoso e muito apreciado por seu fabuloso peixe fresco de Cascais, os ótimos percebes e as ostras fresquíssimas. Apesar de ser um restaurante exclusivo de peixe e marisco, ele possui outras opções no cardápio, como carne por exemplo. Com ambiente leve e descontraído, o lugar possui um agradável terraço ideal para aqueles almoços ao ar livre em dias ensolarados. E foi exatamente isso que fizemos – sentamos numa mesa no terraço com uma vista maravilhosa sobre o oceano! Estava uma delícia! De entrada não resistimos e pedimos novamente as “amêijoas à bulhão pato” e de prato principal eu comi uma vitela à milanesa, muito boa por sinal (não estava esperando kkk), enquanto meus pais dividiram um arroz de marisco com camarão. De sobremesa dividimos o “Merengue à Monte Mar” e o “Pudim de Baunilha” – tava uma delícia! O serviço foi super rápido e eficiente. Adoramos! Vale a pena dar uma escapada de Lisboa para almoçar aqui num dia bonito! Caso seja difícil, você sempre pode comer no Monte Mar de Lisboa que abriu ano passado no antigo Armazém F.
PARK BAR
No final do dia, como meus pais já tinham ido embora e eu estava sozinha, resolvi assistir o sunset no Park Bar. Eu li em vários lugares que esse era um dos rooftops mais legais de Lisboa, e como ele ficava perto do meu hotel, resolvi conhecer. Situado na Calçada do Combro, a sua entrada é meio escondida, pois o bar fica no último andar de um estacionamento! Você tem que entrar dentro do estacionamento e procurar o elevador que irá levar você ao 5º andar. Ali, você tem que subir mais uma escadinha até chegar na entrada do bar. Fazendo as vezes de bar e restaurante, li em todos os lugares que esse era o jardim suspenso mais bonito da cidade, mas eu não concordo! De fato, a vista é de tirar o fôlego e o ambiente é simpático, todo aberto e com muito verde, mas eu não curti! O público aqui é relativamente jovem, mas tudo turista gringo! Kkk. Achei também meio desorganizado! Nesse dia estava um calor infernal e não tinha uma sombra para me proteger do sol, então foi extremamente desagradável! Derreti! Tomei um mojito de morango (delicioso eu confesso hahaha) e resolvi voltar para o rooftop do meu hotel que preferi mil vezes mais! Ali fiquei até escurecer lendo meu livro e tomando uma taça de vinho em paz e na sombra hahaha. Conclusão: eu não recomendaria o Park Bar, mas não custa dar uma olhada e tirar suas próprias conclusões! Eu não visitei, mas outros rooftop bars que me foram indicados são: Sky Bar e The Insolito. Um bar que conheci e gostei é o Bar Le Consulat, do lado do meu hotel, na Praça Luís Camões. Ele é novo e bem charmoso, com mesinhas nas varandas do primeiro andar. Estava todo dia cheio durante o happy hour! É uma dica!
JNCQUOI
Meu último jantar em Lisboa foi no JNCQUOI, o restaurante mais badalado do momento! Situado na Avenida Liberdade, o local é super bonito e mistura uma concept store com bar, deli e restaurante. Na loja conceito você encontra uma seção dedicada à editora de livros Assouline e também à renomada pâtisserie francesa Ladurée. Como eu estava sozinha, o maître sugeriu que eu sentasse no deli bar ao invés do restaurante. Eu gostei mais, afinal, bem melhor sentar sozinha num esquema de balcão do que numa mesa no restaurante. O deli fica no piso inferior e é bem mais animado! Um balcão enorme dá a volta no espaço, e você pode sentar aqui para comer ou para tomar um drink. O deli bar tem um menu diferente do restaurante, mas você também pode pedir do menu do restaurante acima, então não faz diferença! A comida estava uma delícia, e bem exótica eu resolvi pedir um “chicken curry” com arroz basmati – não sei, estava com vontade depois de comer tanta carne! Hahaha. Confesso que eu quaaase pedi o “tagliolini with truffles” do Cipriani! De drink tomei um “spicy margarita” que estava top! Aliás, o menu de drinks aqui é bem legal! Achei o JNCQUOI super cool! O restaurante abre para o almoço e para o jantar. O bom é que se você for no almoço, você consegue pegar a loja aberta! Imperdível!
IMPRESSÕES GERAIS: Eu AMEI Lisboa! Fiquei muito impressionada! Achei o povo acolhedor, simpático, muito educado, prestativo e pronto para ajudar. Me surpreendeu o nível de inglês das pessoas na cidade – a maioria fala muito bem! A cidade é super segura e está LINDA e em excelente estado de conservação. Os coloridos das casas com suas janelas e portas emolduradas me encantaram! Tem como não gostar?! Me mudaria amanhã! Hahaha.
MELHOR MOMENTO: Não vou negar, o melhor momento era sempre que eu entrava no ar condicionado! Hahahah Pegamos uma onda de calor terrível, quase 40º todos os dias…então a melhor parte do dia era deitar no final do dia na cama do hotel com o ar condicionado bombando! Kkk.
NÃO CONSIGO PARAR DE PENSAR: Nas cores de Lisboa – absolutamente encantada!
PRATOS PREDILETOS: Tiveram muitos! Comemos muito bem em Lisboa, até eu que não como frutos do mar! Não sei se vale como prato, mas o pastel de nata da Manteigaria, o doce de ovos moles e o bolo de pão de ló (com calda de doce de ovos e canela) no restaurante Solar dos Presuntos foram matadores! Hahaha. Eu amei o conceito do restaurante Mini Bar e todos os pratos que provamos! A comida do Monte Mar e do JNCQUOI também estava incrível!
O QUE BEBER AONDE: Prove o refrescante drink “primo basilico” no restaurante Mini Bar ou no Bairro do Avillez – foi um dos meus preferidos!
COMPREI: Eu não comprei nada fora um livro sobre Lisboa na loja A Vida Portuguesa, mas minha mãe comprou um monte de sardinhas e louças da Bordallo Pinheiro hahaha, além de conservas de atum e mexilhões na tradicional loja A Conserveira.
FATO SURPREENDENTE: Você sabia que o monumento Cristo Rei é um presente do governo brasileiro à Portugal e foi inspirado no Cristo Redentor no Rio de Janeiro, e que a Ponte 25 de Abril foi desenhada pelo mesmo arquiteto da Golden Gate Bridge em São Francisco, eis a semelhança?! Adoro descobrir essas curiosidades kkk.
IMPERDÍVEL: O fabuloso Mosteiro dos Jerônimos! Ahh, e não dá para perder a fornada fresquinha do pastel de nata na Manteigaria – não vai se arrepender!
ONDE FICAR: Sem dúvida no Bairro Alto Hotel! Eu amei a sua localização, não consigo me imaginar ficando em nenhum outro! Apesar de ser lindo, o Ritz Four Seasons fica meio afastado, então muito longe de tudo! Não é que nem o Bairro Alto que você sai andando e já está no meio do agito. Mas vale conhecer o hotel e tomar o famoso chá da tarde!
QUANDO IR: Qualquer época do ano, afinal Portugal tem 300 dias de sol por ano! Kkk.
O QUE LEVAR NA MALA: Não tem nada muito específico para recomendar em termos de roupa, mas no verão vale levar um chapéu ou boné para se proteger do sol escaldante, além de protetor solar. Roupas leves e shorts também são ideais! Atenção mulheres: cuidado com as sandálias rasteiras! As pedras das calçadas são muito escorregadias, minha mãe quase levou um chão e se acidentou! Kkk. Como as ruas são íngremes, recomendo usar ao invés um tênis tipo All Star e Superga, ou então sapatos com sola de borracha e mais aderentes. Com o sobe e desce constante, também não recomendo passear de salto por Lisboa, a não ser que você vá jantar à noite de carro! Caminhar nem pensar! Hahaha.
DICAS EXTRAS
Na minha lista de coisas para fazer em Lisboa, faltou visitar o Museu Nacional do Azulejo, o Castelo de São Jorge e o Parque das Nações, com a Estação Oriente projetada por Santiago Calatrava (o mesmo do Museu do Amanhã), o Oceanário e a Ponte Vasco da Gama. Em termos de restaurantes, tivemos que cancelar a reserva no bistrô 100 maneiras para poder fazer o tuk tuk tour. Uma pena, pois o restaurante é referência de boa comida! Outros restaurantes que estavam na minha lista eram o Gambrinus, Olivier Avenida, A Cevicheria, O Asiático, Sea Me Peixaria Moderna, Palácio Chiado e o Olivier Avenida. No quesito compras, vale a pena conferir as lojas conceito Embaixada e 21 no bairro de Príncipe Real, além das tradicionais Chapelaria Azevedo, Luvaria Ulisses e farmácia Benamor. Não deixe de visitar a loja The Feeting Room, uma espécie de Colette portuguesa no Chiado. Todas as grandes grifes e marcas internacionais estão concentradas na Avenida Liberdade.