Reserve Aqui 13/09/2019
Esse ano eu resolvi fazer algo diferente – resolvi passar o “verão” do hemisfério Norte nos Estados Unidos – mais precisamente no Havaí, ao invés de ir para a Europa. Eu confesso que fiquei com medo de ficar FOMO (“Fear Of Missing Out”), mas cada vez mais tem me dado muito bode essa história de turismo em massa, e como isso vem afetando lugares incríveis como Mykonos, por exemplo. Eu simplesmente não estava afim de viajar em julho e encontrar as mesmas pessoas de sempre, tudo lotado, etc. Apesar de querer muito ter ido para St Tropez para conhecer todas as novidades, eu amei a minha decisão e minha viagem foi perfeita! Não poderia ter sido melhor. Estou voltando super descansada e com as energias recarregadas. Depois de um período com muito “mato” hahaha, eu queria um destino de verão com águas turquesas e praias lindas, então escolhi o Havaí.
O Havaí não era um destino no topo da minha #bucketlist – pelo contrário – nem figurava! Era um lugar que simplesmente nunca entrou no meu radar, talvez porque minha irmã passou a lua de mel lá anos atrás e odiou, então eu devo ter bloqueado o destino inconscientemente. Foi apenas esse ano, respondendo as perguntas do Instagram, que comecei a considerar o destino para uma opção de férias. Comecei a receber muitas perguntas de seguidores pedindo dicas do Havaí, então resolvi pesquisar sobre o lugar para entender um pouco mais. Foi aí que eu comecei a ver fotos maravilhosas e ver tudo que as ilhas ofereciam e me animei. Não pensei duas vezes e resolvi usar as minhas férias de julho/agosto para conhecer um destino novo. Aliás, isso é algo que eu amo fazer – conhecer um lugar novo. Amo voltar para os mesmos, mas é muito bom acrescentar coisas novas todo ano.
Na hora de montar o meu itinerário, foi super difícil escolher quais ilhas visitar e quais deixar para outra vez. Vou fazer um post sobre cada uma das ilhas que visitei, mas em síntese, eu amei O’ahu e eu amei Big Island (especialmente o hotel kkk). Eu não curti muito Maui – sei que essa opinião vai contra toda a maioria, mas achei nada demais! As praias de O’ahu são mais lindas, o mar de Big Island é mais bonito, e sem falar nas atividades que as outras ilhas oferecem que Maui parece não ter. Na minha opinião, Maui ganhou muita fama a toa – é meio que um “resort wonderland”, uma colônia de férias dos Americanos. Não vi muita graça e fiquei com raiva que eu planejei 3 noites lá e apenas 2 em Big Island. Queria que tivesse sido o contrário. Então aqui vai a minha primeira dica para quem estar pensando em ir para o Havaí e não sabe para onde ir e nem quantos dias ficar: vá para O’ahu, Big Island e Kauai. Se quiser muito conhecer Maui, até porque tem que conhecer né, vá por apenas 2 noites.
Em O’ahu tinha TANTA coisa para fazer que não demos conta! Eu fiquei 4 noites e honestamente, queria ter ficado mais duas, para um total de 6 noites! Seria menos corrido e teria visto mais coisas que estavam na minha listinha. Mas como eu sei que é bastante tempo, podem considerar 4 noites para a ilha – é uma estadia boa. Em Big Island a grande atração pra mim foi o hotel, e como ficamos pouco tempo, faltou tempo para curtir ele mais, por isso eu sugeriria 4 noites lá. O hotel é maravilhoso e também tem muita coisa legal para fazer na ilha. Muita gente me falou de Kauai quando eu estava planejando a viagem e montando o itinerário, mas vi que era algo mais “roots”, com hotéis mais simples, então resolvi deixar de fora do roteiro. Também, eu só tive 10 dias, então não tive escolha senão optar entre uma ilha e outra. Hoje me arrependo! Kkk. Eu teria feito Kauai no lugar de Maui, mas vale lembrar que essa é uma ilha para quem gosta de aventura e natureza, então talvez não seja para todos. Kauai é conhecida por ter uma beleza natural exuberante!!
Em O’ahu, a minha programação diária era focada em trilhas e praias maravilhosas. Tem muitas lá! Mas a praia é nesse esquema mais roots, então você tem que estar preparado para isso. Outra coisa, as distâncias são muito grandes!! Então escolha bem a localização do seu hotel e esteja preparado para emendar o dia com o jantar sem voltar para o hotel – senão é impossível fazer tudo! Honolulu é a capital do Havaí, então na região de Waikiki e Ala Moana tem muitas lojas e restaurantes. Tem até uma vibe meio “Miami” de cidade grande praiana. Então para quem quer fazer compras etc e também fazer um pouco de esporte, O’ahu é uma excelente opção. De todas as praias que eu vi, as de lá foram as mais lindas. Eu definitivamente incluiria alguns dias em O’ahu!
Kauai é totalmente natureza e aventura, com pouco luxo. Se essa não é sua praia, recomendo pular. Molokai você pode visitar de Maui num day trip – não tem nada demais, então nem considerei. A ilha de Lanai também fica perto de Maui e também não tem nada demais fora o hotel do Four Seasons (lindo por sinal), então vale considerar se você quiser se hospedar lá para relaxar e curtir a propriedade. Senão eu pularia também – especialmente se essa for a sua primeira vez no Havaí. Em Big Island você encontra aventura, esportes, muita vida marinha e luxo! Então eu diria que é uma ilha que agrada a todos. Tive essa impressão pelo menos. Mas vou insistir – vale a pena se hospedar no Four Seasons Hualalai – que hotel! Eu não queria ir embora hahaha. Já Maui, me parece que as pessoas vão para curtir o resort, então escolha bem. Mas vou explicar melhor esses detalhes em cada post.
A verdade é que chegar no Havaí do Brasil é muitooo longe! É quase igual ir para o Japão! Kkk. Foram mais de 24 horas de viagem e um fuso de 7h a menos. É LONGE! Então sou da teoria que já que vai, que aproveite e fique um tempo. Eu diria que 10 dias é um bom número, mas se me perguntar, o ideal teria sido 2 semanas. O tempo passa rápido demais! Eu diria que o Havaí é um destino que pode ser visitado o ano todo – az calor o ano inteiro e o que muda são as chuvas e as ondas (o “swell”). No verão, nos meses de junho a agosto, o mar fica bem calmo, a água bem transparente e azul. Isso é ótimo para nadar, mergulhar ou fazer snorkel. Apesar de ser verão, quase nunca chove, então é uma época boa também para fazer trilhas já que elas estão secas. Os meses de verão costumam ser cheios devido às férias escolares e por isso é alta estação. No inverno, de novembro a março, o swell aumenta e é quando aparecem as famosas ondas gigantes. É nessa época que rolam os campeonatos de surf e também é época de chuvas. No entanto, se você gosta de surfar, essa é a melhor época para ir então. É durante o inverno que você também pode ver as baleias. O pico com os preços mais caros do ano são na semana do Natal e do réveillon. Se você quiser ir numa época mais tranquila, recomendo ir em abril, maio ou setembro, quando você pega menos gente, menos chuva e também menos ondas que no inverno, mas vale lembrar que a água não estará tão azul e bonita como no verão. Eu pessoalmente adorei ter ido no verão e voltaria nessa mesma época. E por fim, antes de começar a fazer um breakdown dos meus dias nas ilhas, eu queria apenas mencionar algumas experiências que todo mundo deveria ter ao visitar o Havaí pela primeira vez: ver um Lu’Au e a dança do fogo da Polinésia, fazer um passeio de helicóptero, apreciar os maravilhosos e únicos sunsets tomando um Mai Tai, a bebida “oficial” do Havaí, andar de canoa havaiana e fazer uma aula de surf!
DAY 1
O aeroporto de Honolulu fica relativamente perto de Waikiki, mas como resolvemos ficar um pouco mais afastados, em Ko Olina, demoramos cerca de 30 minutos para chegar no hotel. Nos hospedamos por 4 noites no Four Seasons Resort Oahu at Ko Olina e adoramos! O hotel fica na costa oeste da ilha, em Ko Olina, um complexo com 4 praias de águas bem calminhas (“man made lagoons”), uma marina, campo de golfe e alguns hotéis. Mesmo estando distante de Honolulu e Waikiki, não se leva mais do que 40 minutos para chegar em qualquer lugar desejado da ilha. 40 minutos pareceu ser o número mágico durante a viagem – tudo em Oahu leva 40 minutos não importa aonde estiver kkk. Dentro do condomínio há também algumas lojas e um mercadinho, além de restaurantes. Acabamos não explorando muito essa região por falta de tempo. O bom de ficar em Ko Olina é que você está afastado de todo agito de Waikiki, numa região bem mais tranquila e menos “turística”. Tem bem mais a cara de férias, mais relax sabe?! O hotel possui 4 piscinas, com destaque para a Adult Pool com borda infinita e a vista mais linda do pôr do sol, e 4 restaurantes. Além disso, proporciona um spa, fitness center, saunas e 6 quadras de tênis. Nosso quarto era bem espaçoso, com uma varanda deliciosa, vista linda e um banheiro enorme todo em mármore. Eu adoro quartos com decoração em tons claros! Por fora o hotel tem uma cara mais velha, mas isso é porque antes de virar um Four Seasons, ele era um JW Marriott. O hotel passou por uma extensa reforma, contando com a construção de novas piscinas e restaurantes, e a total remodelação dos quartos, mas preservaram a estrutura original. Em 2016 a propriedade foi reinaugurada como o novo Four Seasons Oahu at Ko Olina. Por dentro ele é lindo!
Fomos recepcionados com leis e fomos direto para o quarto. Chegamos mais tarde que o esperado no hotel, então para não atrapalhar muito a programação da tarde que tínhamos planejado, resolvemos pular o almoço e comer algo pelas ruas mesmo. Tomamos um belo banho e nos trocamos e já saímos bater perna e explorar a região de Waikiki e Ala Moana. Como mencionei, as distâncias são grandes, então levamos cerca de 40 minutos para chegar em Waikiki. Não conseguimos fazer tudo que eu tinha planejado, mas vou colocar as dicas aqui mesmo assim ok?! Tem MUITA coisa para fazer em Oahu e foi muito difícil fazer uma triagem então mesmo que eu não tenha feito, vou recomendar porque escolhi tudo com muito carinho e tenho certeza que são dicas boas! Kkk. Não tivemos tempo de fazer a primeira coisa no itinerário que era o Tantalus Lookout (Puu Ualakaa Park), mas vale a pena ir para ver a vista da cidade de Honolulu. Acabamos indo direto para Honolulu, mais especificamente Waikiki.
Honolulu funciona como uma típica cidade americana, com um estilo moderno e toda sofisticação de primeiro mundo. Por outro lado, isso também significa engarrafamentos. Foi aqui que nasceram o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o cantor Bruno Mars! Waikiki, além de ser o nome da praia mais famosa do Havaí, é também um bairro de Honolulu. Essa é a área mais agitada e desenvolvida da ilha. Waikiki está para o Havaí como Copacabana ou Ipanema estão para o Rio de Janeiro. A região agrega um centro comercial com uma enorme variedade de lojas, shoppings e restaurantes. Fiquei impressionada com a quantidade de lojas de grife que tinham. Para quem gosta de compras, é imperdível. E vou contar um segredo – o imposto (VAT) no Havaí é de apenas 4% então vale a pena. A grande maioria dos hotéis concentram-se em Waikiki. Consequentemente, essa é uma região bem turística, bem agitada e sempre cheia. É turista para todos os lados para ser bem sincera, mas não desgostei – acho que faz parte você andar por aqui no primeiro dia. Vocês irão reparar que uma grande parte dos turistas são japoneses, isso é porque o Havaí é o destino no ocidente mais próximo do Japão, então eles desembarcam aos montes – muitas famílias com crianças, casais jovens e recém-casados. Os hotéis e as lojas estão todos concentrados na Avenida Kalakaua, paralela à praia de Waikiki.
Paramos o carro num estacionamento público e fomos passear. Começamos pelo icônico hotel The Royal Hawaiian, conhecido também como “The Pink Palace” por causa das suas paredes e decoração cor de rosa. No entanto, eu não achei grandes coisas – pelo contrário! Não gostei! Cheguei até a considerar ele como opção de hospedagem e quando vi ao vivo dei graças a Deus que eu desisti! Kkk. Achei o hotel bem farofa viu? Eu queria conhecer o famoso “Mai Tai Bar” do hotel à beira da praia que também é todo rosa, e a ideia era tomar um drink e beliscar alguma coisa, mas saímos correndo de lá! Kkk. Portanto, eu não recomendaria se hospedar neste hotel por mais que você goste da cor rosa! Hahaha. O hotel tem um pequeno shopping ao lado, o Royal Hawaiian Center. A sensação que eu tive é de que é tudo interligado – um hotel atrás do outro, lado a lado, em Waikiki. Em sendo assim, fomos conhecer o próximo, o Moana Surfrider. Eu sempre aproveito as férias para dar uma olhada em outros hotéis, gosto de conhecer para o meu trabalho.
O Moana Surfrider é o hotel mais antigo em Waikiki, inaugurado há mais de 100 anos e a sua fachada é um charme. Ele é todo branco em estilo colonial, com cadeiras de balanço no patio e uma Banyan Tree gigante, Sentamos no bar externo e tomamos um drink chamado “Guava Limeade”, muito bom por sinal. Você vai ver esse drink em quase todos os cardápios! Kkk. O hotel é bem mais simpático que o The Royal Hawaiian, mas a frequência também não é lá grandes coisas. Eu não vi os quartos então não posso palpitar, mas de tudo que eu vi, eu diria que a melhor opção para quem quer se hospedar em Waikiki é o Halekulani hotel, mas eu falo mais dele depois. Outro hotel super icônico que não visitamos é o Hilton Hawaiian Villa. Se você ver fotos de Waikiki no Google, ele é o hotel com a fachada colorida que aparece em todas as fotos. O legal é que toda sexta-feira, às 19h45, eles fazem um show com fogos de artifício, então vale a pena assistir se você estiver por lá.
A praia de Waikiki, apesar da sua fama, está longe de estar entre as mais bonitas do Havaí, por dois motivos: ela foi planejada, e, portanto, é quase toda “man made”, e porque é uma farofa! É MUITA GENTE na praia!! Por mais linda que seja a cor da água e tudo, não da para curtir direito! A verdade é que você não viaja mais de 24 horas para pegar uma praia lotada no paraíso concorda?! Kkk. Conhecemos, mas tá visto! Entre os dois hotéis que visitamos, demos de um cara com um “surfboard alley” – uma ruazinha de acesso à praia lotada de pranchas de surf – super legal! As pranchas estavam na entrada lateral do Outrigger Waikiki Beach Resort. Depois de tomar nosso drink e dar uma volta pelo bairro, seguimos em direção ao Ala Moana Center, o maior shopping comercial da região. Como a programação estava intensa no resto dos dias em Oahu, essa era a única oportunidade de fazer um shopping kkk. O shopping é ótimo, super simpático, bem grande na verdade, e com bastante lojinhas locais. Claro que você encontra também as melhores grifes de luxo do mundo, mas é bacana ver lojas vendendo produtos diferentes made in Hawaii. Tem também bastante loja de surf. Fizemos a festa! Kkk. O tempo passou muito rápido e quando vimos era hora de jantar. Eu queria passar no Kaka’ako Wall Murals para tirar fotos de street art, mas não deu tempo, então fica a dica para quem puder – parece ser bem legal! Também não deu tempo de provar as famosas malassadas do Leonard’s Bakery, uma espécie de massinha frita, e a raspadinha da icônica Waiola Shave Ice, aberta desde 1940.
Às 20h fomos jantar no restaurante MW. Considerado um dos melhores de Oahu, foi também indicado pelo concierge do Four Seasons. Eu estava na dúvida entre jantar aqui ou no Alan Wong‘s, uma verdadeira instituição. Michelle Karr-Ueoka e Wade Ueoka, equipe de marido e mulher do MW Restaurant, passaram quase 20 anos trabalhando ao lado de Alan Wong – Michelle na maioria desses anos como pastry chef e Wade como chef de cozinha. Ambos tiveram também passagem por restaurantes estrelados como The French Laundry, Per Se e Daniel Bouloud. Não fiquei muito impressionada com o ambiente, achei ele meio frio, mas a comida estava boa. No menu, pratos tradicionais havaianos interpretados de forma criativa, todos feitos com ingredientes locais. Pedimos três entradas diferentes e dividimos um prato principal – uma carne com garlic fried rice. Os drinks também estavam ótimos. No entanto, o cansaço era tão grande que acho que atrapalhou um pouco. Kkk. Depois ainda tivemos que encarar a volta de 40 minutos no carro até chegar no hotel. Não preciso nem dizer que eu dormi feito pedra né?! Hahaha. Esse é o segredo para combater o jet lag – se forçar a entrar no horário local.
DAY 2
Começamos então pelo Hoomaluhia Botanical Garden, que foi aquele lugar incrível de lindo que eu postei nos stories e todo mundo pirou! Hahaha. Realmente, o lugar é muito bonito! O verde da vegetação tem um tom especial e com as montanhas no backdrop, realmente parece de mentira, uma cena de filme! Você com certeza já viu muitas fotos online de pessoas nesse jardim botânico, e a a maioria é tirada nessa estradinha que postei com as montanhas atrás. No entanto, algum tempo atrás, eles proibiram tirar fotos então você não pode mais parar o carro e descer para tirar uma foto. Por motivos óbvios, estava atrapalhando o trânsito e causando uma confusão. Se você quiser muito tirar uma foto nessa estradinha da entrada, chegue antes das 9h (quando não tem carros) e entre pelo acesso lateral do portão. Claro que você pode descer e explorar o jardim botânico, mas nós achamos suficiente simplesmente dirigir pelo jardim e apreciar toda a beleza. A vantagem de estar num Jeep com a capota aberta é essa – eu fiquei em pé tirando fotos e filmando hahaha.
De lá, seguimos em direção às praias de Kailua e Lanikai. A praia de Kailua é bonita, mas tem bastante gente. Ela é praticamente colada na praia de Lanikai, então você pode facilmente andar de uma para outra. Chegue cedo, pois o estacionamento da praia de Kailua lota e é proibido parar em Lanikai, então todo mundo estaciona aos arredores de Kailua e depois ainda para Lanikai. Isso tem uma vantagem, pois a maioria fica com preguiça e acaba ficando pela praia de Kailua, deixando a praia de Lanikai tranquila e com pouca gente. Além disso, a praia de Lanikai é muito mais bonita. Eu amei, achei ela a mais linda da viagem e foi minha preferida. Lanikai é um bairro residencial pequeno super charmoso com casas bem legais, então para evitar um pouco a massa de turistas, eles proibiram estacionar os carros nas ruas. De uma praia para outra são apenas 5 minutos a pé então não requer muito esforço. Quem quiser fazer a Lanikai Pillbox Trail vai ter que parar em Kailua também e andar. Não tem como fugir!
Passado essa descoberta inicial e depois de dar umas voltas para conseguir uma vaga, paramos o carro, calçamos o tênis de trekking e fomos fazer a tal trilha. A trilha é relativamente fácil, com alguns trechos mais íngremes, mas eu diria que qualquer um pode fazer. Leva cerca de 30 minutos para chegar no topo e a recompensa é absurda! Algumas das fotos mais lindas da viagem eu tirei da trilha! A trilha não é marcada, mas não tem erro. Para chegar no trailhead, basta colocar no google maps o nome da trilha. A vista do topo é incrível, vendo quase toda baía leste de Oahu e a praia de Lanikai. A cor da água é um absurdo. Eu não parava de falar “wow” – acho que as palavras “nossa que lindo” foram as que mais saíram da minha boca! Hahaha. Não tem como não ficar impactado. Não deixe de ir até o último pillbox na trilha! A vista do último é a mais bonita!
A melhor dica que posso dar é use filtro solar! Não subestimem o sol no Havaí – eu pego cor fácil e dificilmente fico vermelha, mas eu literalmente torrei esse dia. Passe o filtro mais alto e prometo que mesmo assim você vai se bronzear! Eu passei um mais baixo e me ferrei! Sol ardido demais! Forte demais! E também não ajudou que fomos no auge do sol, ao meio dia né?! Kkk. Depois de fazer a trilha, andamos de volta para o carro que estava em Kailua para pegar as toalhas e tirar o tênis, e fomos para a praia de Lanikai, aonde ficamos por quase 2 horas tomando sol. O mar estava uma delícia – parecia uma praia no Caribe juro! Mas novamente, a praia não tem estrutura nenhuma então você só consome o que você leva. Ou seja, se não levar água vai morrer de sede – não tem ambulante e nem barzinho vendendo nada em volta. Mas o lugar é um pedacinho do paraíso – eu amei!
Depois de curtir a praia, continuamos o nosso passeio pela costa leste e fomos conhecer Waimanalo Beach. De cara estranhei que tinha lugar no estacionamento, mas logo entendi o porquê quando vi as placas na entrada! Apesar de ser maravilhosa, o mar dessa praia é perigoso – além da correnteza forte e das ondas, tem também muita água viva, do tipo bem perigoso (“Portuguese Man of War”). Eu não me arrisquei e também não vi na água – uma pena, pois a cor da água era linda e Waimanalo é um praião com areia fina branca. Ficamos um pouco contemplando a paisagem e depois seguimos viagem. Já era cerca de 15h e não tínhamos comido nada então ficamos super felizes quando vimos um food truck servindo bowls! No Havaí tem muito disso, é super legal. Almoçamos então um bowl cada um. O meu era de pitaya (AMO!) com morangos, berries, banana e mel! Estava uma delícia, super refrescante, leve e saciante. Foi também fundamental para me dar a energia que eu iria precisar para fazer a segunda trilha. Mal sabia o sofrimento que estava por vim hahaha. Uma outra sugestão de almoço é o Teddy’s Bigger Burgers em Kailua. Essa é uma rede de fast food super conhecida no Havaí e dizem que é super bom, mas não provei.
A próxima parada foi o Makapu’u Lookout. O Mirante Makapu’u Point está localizado próximo à Rodovia Kalanianaole, na ponta sudeste de Oahu. Há um estacionamento e uma passarela pavimentada que leva a uma área com vista para o Makapu’u Beach Park, os penhascos do mar, além de duas ilhas pequenas. A vista é super bonita e vale fazer uma paradinha rápida aqui para tirar foto. Existe um farol bem na ponta que não pode ser visto do mirante, mas se quiser ir até lá, existe uma trilha relativamente curta que você fazer. Como nosso tempo já estava ficando apertado, pulamos a trilha. A ideia era ver mais lugares ao longo do caminho na parte Sul da ilha até chegar no Koko Crater Railway Trailhead, mas como a gente tinha marcado um “almojanta” às 18h e queria muito fazer essa segunda trilha, tivemos que abdicar de algumas paradinhas. De todo jeito, vou dividir com vocês quais são: Sandy Beach, Spitting Cave e o Halona Blowhole. O Halona Blowhole nada mais é que uma praia formada por pedras vulcânicas, onde a água bate e faz esguichos. Embora isso não seja garantido o dia todo, o sopro costuma ser mais ativo quando a maré está alta e os ventos são fortes.
Também não conseguimos ver a famosa Hanauma Bay, considerado o melhor lugar para fazer snorkeling em Oahu. Hanauma Bay é uma reserva natural e uma das praias mais bonitas da ilha! A baía é linda, a água é clara e turquesa e por causa do arrecifes, é perfeita para mergulhar. A reserva está aberta diariamente, exceto às terças-feiras, então programe-se! Se você não tiver equipamento de snorkel, não se preocupe porque eles aligam lá. Para entrar você tem que pagar uma taxa de USD 7 e eu recomendaria ir logo cedo pela manhã quando tem menos gente e especialmente porque o estacionamento costuma a encher rápido! Passamos reto então por Hanauma Bay (uma pena) e fomos fazer a trilha do Koko Crater. Eu falei para vocês que foi corrido – que 4 dias era pouco em Oahu! Tem muita coisa para ver!! Chegamos então na base da trilha às 16h e não poderia ter sido pior hahaha. QUE CALOR MEU DEUS! Como mencionei acima, o sol no Havaí é MUITO forte, então foi brutal fazer essa trilha no final da tarde com o sol rachando! A trilha não tem sombra, então não deixe de passar bastante filtro solar e levar um boné e água gelada! Para chegar no início da trilha usamos o Google Maps mesmo. A trilha começa no Koko Head Park, uns cinco minutos depois de passar a entrada de Hanauma Bay.
Olhando para o topo da trilha, até que não parece tão difícil, mas engana viu?! Eu juro que quase morri – quase desmaiei de tanto calor e fritei no sol! Fiquei muito vermelha esse dia, com a marca da blusa e do top. A trilha em si não é longa – 1,6 km cada perna, mas se você considerar que é uma subida íngreme com degraus do começo ao fim sobre trilhos de madeira, isso muda tudo! São mais de 1000 degraus e o ganho de elevação é cerca de 300 metros. Os degraus também são irregulares, alguns chegando a quase 60 cm de altura. Stairmaster é para os fracos! Kkk. Levamos 1 hora no total para subir e descer, mas conte aí entre 30 e 60 mins para chegar no topo. Quem estiver mais fora de forma pode fazer, mas sugiro fazer várias pausas para descansar e beber água. Também recomendo ir de manhã cedo – não faça igual a mim! Evite o sofrimento hahaha. Não consigo explicar o suor e o meu mau humor na subida! Hahaha. A trilha é na verdade uma antiga ferrovia que foi utilizada durante a Segunda Guerra Mundial, mas hoje em dia ela não é mais usada e só uma trilha mesmo. A vista do topo é bem bonita – dá para ver o bairro todo de Hawaii Kai, o mar e uma antiga cratera de vulcão. Sempre tem a recompensa né?! Outra trilha bem popular em Oahu é a Diamond Head Lookout Trail, mas eu acabei optando por essa por ser diferente com os trilhos e mais desafiadora.
Conforme eu mencionei no início do post, as distâncias em Oahu são muito grandes então de vez em quando faz mais sentido emendar o dia todo no jantar do que voltar para o hotel, se trocar e sair de novo. Esse foi o caso no segundo dia. Como o plano era almoçar leve para depois fazer um “almojanta” mais cedo, eu reservei o restaurante para 18h. Com isso, depois da trilha, saímos procurando algum lugar para tomar uma ducha e se trocar antes de jantar. O Havaí é tão informal que até daria para ir do jeito que a gente estava, com roupa de ginástica e tudo, mas a gente estava tão suados que não tinha condições! Kkk. Encontramos uma academia chamada 24 hour fitness literalmente a 2 minutos de carro do restaurante, então entramos e pedimos para pagar o “day use” para tomar banho. Foi ótimo – tomamos uma ducha rápida, coloquei um bikini seco e um vestido soltinho por cima e fomos jantar desse jeito com havaianas. Por um lado isso é legal no Havaí – até os restaurantes mais arrumadinhos são informais.
Jantamos no Roy’s Original em Hawaii Kai. Existem mais de 20 restaurantes Roy’s espalhados pelos Estados Unidos, mas o original fica nesse bairro residencial de Hawaii Kai e é considerado o melhor, por isso resolvi ir nele. Existe um Roy’s em Waikiki, mas não é tão charmoso quanto esse que fomos e não tem a vista da praia. O dono, o chef Roy Yamaguchi, foi um dos percursores da comida havaiana, então esse é um daqueles restaurantes “must go” no Havaí. Eu adorei! Achei super simpático, ambiente agradável e tudo estava bom – drinks, comida, etc. Os highlights foram os spring rolls de entrada e o soufflé de chocolate de sobremesa. Recomendo! Depois do jantar dirigimos de volta para o hotel por 45 minutos e capotamos!
DAY 3
Saímos do hotel 8h30 depois de tomar um café da manhã reforçado e começamos a trilha às 9 da manhã. São 16 km de trilha com cerca de 800 metros de elevação. Você começa bem embaixo, no meio do vale, quase a nível do mar, e sobre até literalmente o topo da montanha. Fizemos a trilha em 5h30 e eu queimei quase 3 mil calorias!! Foram 3 horas para chegar no topo e mais 2 horas para descer. É claro que ficamos também meia hora no topo descansando, apreciando a vista e tirando fotos. A vista do topo é absolutamente fenomenal e sem igual! É uma verdadeira recompensa chegar lá depois de três horas de subida no meio do mato!! É realmente muito muito lindo e vale super a pena. Não recomendaria essa trilha para todos, especialmente para quem tem medo de altura, porque metade da trilha é super estreita com um precipício de cada lado…e além de tudo bate um vento muito forte, o que pode desestabilizar. Se você também não estiver em forma física, não faça! Mas eu achei o máximo! Eu amei! Foi demais, uma super experiência! Nunca fiz uma trilha assim, é super diferente, bem aventura! Os primeiros 4 km da trilha são relativamente tranquilos porque quase não tem inclinação, mas a outra metade é uma subida só, no meio do mato, com trechos super estreitos. Nessa segunda parte existem cordas em alguns lugares estratégicos para ajudar na subida e descida. Prepare-se para ficar um pouco sujo, é inevitável.
O tempo muda muito rápido no topo, então vá preparado e fique de olho no tempo. Você não quer ficar preso numa trilha cheia de lama, com o pé molhado ou no meio de uma tempestade. Nós pegamos um tempo incrível, ainda bem! Outra dica essencial – não faça essa trilha no inverno!! O inverno é época de chuvas e é impossível imaginar essa trilha com lama…simplesmente NÃO DA para fazer. Além disso, você precisa atravessar mais de 10 riachos nos primeiros 4 km..já pensou fazer uma trilha de 6h com o pé molhado? Ninguém merece né?! Nós fomos no verão quando a trilha fica bem seca e o rios estavam quase sem água, então nem molhamos o pé…foi tranquilo. Mesmo assim, ainda pegamos alguns trechos com lama, então cuidado! Fora isso, aproveitem muito! Kkk. Vale cada segundo! Terminamos a trilha absolutamente EXAUSTOS, mas com uma sensação de dever comprido. Com certeza foi um dos highlights de Oahu e da viagem. Voltamos direto para o hotel desejando um banho, comida e um descanso merecido! Hahaha.
Às 18h saímos do hotel e fomos tomar sunset drinks e assistir ao pôr do sol no Halekulani Hotel em Waikiki. O hotel possui cinco restaurantes e bares e é super bonito, com certeza o mais elegante da região. Sentamos numa mesinha ao ar livre no bar chamado House Without a Key, aonde todo dia rola música ao vivo das 17h30 às 20h – super agradável e para fechar com chave do ouro, um lindo pôr do sol! Bem clichê, assistimos o sunset tomando Mai Tais (delicioso o daqui por sinal) e depois jantamos no restaurante Orchids, também dentro do hotel. Esse foi um dos meus restaurantes favoritos em Oahu – recomendo muito!
DAY 4
O quarto dia foi dedicado inteiramente ao North Shore. Todo o North Shore de Oahu é um grande “photo op” na verdade. Prepare-se porque você vai querer tirar foto em vários lugares! kkk. Conhecido como “the seven miracle mile”, são 7 milhas de praias que separam Haleiwa de Sunset Beach na costa Norte de Oahu. Considerado quase por unanimidade como a grande arena do surf mundial, o North Shore é o local onde o surf nasceu, se desenvolveu e se estabeleceu como esporte e estilo de vida. Há vários campeonatos que rolam nas praias do North Shore de Oahu e é durante o inverno que o Havaí dos estereótipos de surf ganha força e floresce no North Shore. Só que é nesta época também que o North Shore de Oahu está mais lotado, mais caro e mais complicado de se locomover. Eu não sou surfista, mas é impossível não se render ao charme dessa região! Saí de lá com vontade de virar surfista kkk, especialmente depois de fazer a minha primeira aula de surf! Existem diversos points para surf no North Shore, alguns lendários e famosos. Ir para o Havaí e não passar por lá é um crime! Acredito que aos poucos vocês vão entender porque minha ilha preferida foi Oahu…
Começamos o dia lá pelas 9h em direção ao North Shore, e 30 minutos depois fizemos a nossa primeira parada no Dole Plantation. Uma tradicional empresa havaiana, a Dole é responsável pela maior produção de abacaxi dos Estados Unidos! Na sua sede, no North Shore, eles montaram um simpático centro de visitantes. O programa é bem turista, mas eu recomendo fazer um pit-stop rapidinho, vale a pena! Eles oferecem alguns tours e tal, mas não faça nada disso! Vá somente para visitar a lojinha que é fantástica e para provar o famoso Dole Whip (sorvete de abacaxi). Não tem nada igual a esse sorvete – é absolutamente delicioso!! Na loja, produtos temáticos de abacaxi, desde camisetas à algodão doce…é divertido! Eu adorei! Fizemos umas comprinhas, provamos o sorvete e seguimos viagem. Tudo em menos de 20 minutos! Vale mencionar que o Dole Plantation só abre 9h30 então não adianta chegar mais cedo.
A próxima parada foi Chun’s Reef para a nossa aula de surf. O concierge de Four Seasons indicou a companhia Sunset Suratt Surf Academy, mas eu reservei e paguei a aula online mesmo. Reservei uma aula semi privada (duas pessoas e um professor) por 2 horas. Segui as instruções e encontramos o nosso professor numa tenda na praia de Chun’s Reef. Eles providenciam todo equipamento, basta chegar! Antes de entrar no mar você pratica alguns movimentos básicos em cima da prancha na areiam e depois é hora de surfar! Foi a minha primeira vez em cima da uma long board e adorei! Consegui subir na terceira tentativa! Eu adorei o programa, a aula foi super legal, o professor bom, mas como é cansativo! Não tinha ideia! Surfar a onda em si é de boa, o que cansa é todo “paddling” que você tem que fazer com os braços no mar!! Mega exercício para os braços, ombros, pernas e glúteos. Imagina que eu já estava com um pouco de dor muscular da trilha no dia anterior, então só piorou! Kkk. À noite eu já estava com muita dor nas costelas e essa dor só intensificou no dia seguinte. Fui dar um google e vi que é super normal acontecer isso quando você está aprendendo a surfar. Pelo visto eu trabalhei músculos que eu nem sabia que existiam! Hahaha. Valeu super a pena a aula e recomendo muito para quem tiver interesse. Outra coisa legal foi que vimos duas tartarugas e uma arraia enquanto estávamos no mar – muito lindo! Para ver o meu vídeo surfando, clique aqui.
Depois de surfar, aproveitamos que já estávamos molhados e fomos conhecer a famosa Waimea Bay antes de almoçar. No caminho passamos por Laniakea Beach, conhecida também como “Turtle Beach” ou a Praia das Tartarugas. O trânsito costuma a fica lento nesse pedaço da estrada porque todos os carros param para olhar para elas, mas no caso, passamos e não vimos nenhuma! Vi apenas um monte de turistas enfileirados na praia de pé olhando para o mar esperando uma aparecer hahaha. Então minha dica é deixar para ver as tartarugas em Maui se isso estiver nos seus planos. Lá é tiro certeiro. Waimea Bay é a praia das ondas gigantes e sede do famoso campeonato de grandes ondas Eddie Aikau, que somente ocorre com ondas acima de 6 metros. Isso, claro, no inverno. No verão a praia é outra – quase uma lagoa, com mar azul turquesa e com poucas ondas. No canto esquerdo da praia tem umas pedras altas da onde o pessoal costuma pular no verão. A água é bem funda e da um certo medinho, mas eu não pensei duas vezes e pulei! Não parece, mas é bem alto! Em dias de mar piscininha, durante o verão, Waimea Bay é um excelente point de snorkel também – quem diria né?! Mas nem pense em entrar em dia de swell alto!! As placas no começo da praia já são indicativas do risco.
Almoçamos no Halei’wa Beach House em Haleiwa. O local foi indicação do concierge do Four Seasons e amamos! O restaurante é super informal, mas o ambiente é agradável. Comemos super bem! Recomendo pedir a lula de entrada – vem bem temperada, super crocante e sequinha! De prato principal eu pedi um cheeseburger que estava incrível! Veio com um pão roxo feito de “taro root” (não sei o nome em português). Estava bom demais, super suculento! Foi um dos highlights de Oahu kkk. Na minha opinião é a melhor opção para o almoço na região. Não é preciso reservar. Existe um food truck super famoso no North Shore chamado Giovanni’s que vende camarão frito, mas ele tem mixed reviews, então resolvemos não arriscar. Kkk.
Depois do almoço fomos conhecer a célebre Banzai Pipeline em Ekuhai Beach, a grande meca do surf! É aqui que todos os anos acontece a última etapa do circuito de surf profissional. A pipeline é famosa por sua ondulação grande e tubular. Tem ondas aqui o ano todo, mas no verão elas não são tão grandes. Imagina que falaram pra gente que ano passado chegaram a ter ondas maiores que 10 metros aqui e tiveram que pausar o campeonato!! Já pensou?! Bem na frente do Pipeline tem a entrada para a trilha Ekuhai Pillbox Hike. A gente chegou a estacionar e considerar, mas no final a gente estava cansado e não estávamos com o sapato certo então desistimos. Até porque nada poderia bater a trilha do dia anterior! Kkk. Mas a trilha é fácil e relativamente curta e aparentemente tem uma vista legal. Ficou para uma próxima vez. Ahh, no caminho passamos por um lugarzinho muito fofo chamado The Sunrise Shack! Vale a pena parar para ver e tirar foto.
Demos meia volta e voltamos para Haleiwa Town para fazer umas comprinhas antes de voltar para o hotel no final da tarde. Haleiwa foi a primeira cidade de surf do mundo! É uma cidade praiana bem pequena, mas cheia de personalidade com casinhas antigas de madeira todas coloridas. Ela tem o seu charme com certeza. Até o Mc Donald’s de Haleiwa segue o padrão dos edifícios e é meio antiguinho – muito legal! Algumas das lojas que vale a pena visitar: Volcom, Rip Curl, Malibu Shirts com estampas vintage e Kahala, “The Original Aloha Shirt”! Mas tem várias. Eu entrei e fui fuçando tudo em cada uma! Se alguém gostar de Ukelele, vale a pena visitar a loja The Ukelele Site. Além de compras, tem alguns lugares legais como o Halei’wa Bowl que serve bowls de açaí entre outras coisas naturebas e a Wow Wow Hawaiian Lemonade. Se você quiser provar a famosa raspadinha havaiana (“Shaved Ice”), vá no Matsumoto Shave Ice ou na Anahulu’s Shaved Ice. Eu provei e achei muito ruim hahaha. Doce demais! Eu pedi sabor cereja. Na dúvida entre qual escolher? O mais famoso é o Matsumoto que hoje tem filas enormes depois que o Obama foi fotografado visitando nas suas férias! Kkk.
Se você estiver hospedado em North Shore ou quiser esticar o dia, vale a pena ver o pôr do sol na Sunset Beach. No entanto, a gente queria curtir um pouco o hotel (mal tivemos tempo), então resolvemos voltar e ver o sunset da Adult Pool. Acho que acabou sendo a melhor opção. Kkk. À noite jantamos no Mina’s Fish House, restaurante do hotel, do estrelado Chef Michael Mina. Na minha opinião é o restaurante mais legal do Four Seasons Oahu, com vista para o mar e um amplo terraço externo. Confesso que foi um alívio não ter que dirigir 40 minutos para jantar hahaha. A comida estava excelente, com influências mediterrâneas, e adorei que eles tem um menu de drinks “tiki”, com copos temáticos e tudo! Muito legal!
Um rápido parêntese – se você estiver pensando em ir para Oahu na sua lua de mel ou apenas gosta muito de surfar e quer ficar no North Shore, eu recomendaria se hospedar no hotel Turtle Bay. Ele é bem afastado de tudo, mas pode ser uma opção nesses casos. Eu não visitei o hotel, mas tenho um amigo que foi e gostou muito, então estou repassando a dica! Uma experiência super legal que ficou de fora da programação nesse dia é o shark diving! No North Shore é possível fazer o mergulho com tubarões com ou sem gaiola. Confesso que fiquei na dúvida, mas optei pela aula de surf, até porque eu já mergulhei na gaiola com tubarões brancos na África do Sul. Mas era algo que eu queria muito fazer. Se você tiver coragem de mergulhar sem gaiola, eu recomendo demais a companhia One Ocean Diving. Essa companhia foi fundada pelo casal @OceanRamsey e @JuanSharks que eu sigo no Instagram e amo! Eles fazem um trabalho incrível para preservação de tubarões ao redor do mundo.
DAY 5
No quinto e último dia, antes de viajar, fizemos um passeio de helicóptero pela ilha Oahu com a Mauna Loa Helicopters. Esse sem dúvida foi um dos highlights da viagem, e apesar do passeio ser caro, é imperdível! Vale a pena fazer, mesmo! Eu postei um monte de vídeos e fotos nos stories então vocês devem ter visto como é lindo. A ilha do alto é uma coisa! É muita beleza! Além disso, conseguimos ver partes de Oahu que não teríamos visto se não fosse isso. Decolamos às 8h30, mas a gente teve que fazer “check in” na sede da empresa às 7h45. O passeio durou cerca de 50 minutos. A parte mais legal é que fomos “doors off”– isso mesmo, sem portas! Para tirar fotos é incrível, mas é uma ventania danada, então mesmo estando calor, vale levar um moletom e tem que usar obrigatoriamente um sapato fechado. Eu reservei e peguei pelo passeio tudo online no site da empresa.
Como estávamos do lado do aeroporto, com tempo sobrando e as malas no carro, resolvemos fazer hora no Ala Moana Center. Matamos 2 horinhas e depois fomos para o aeroporto devolver o carro e fazer o check-in para o nosso voo para Maui. As ilhas são todas relativamente perto, e por mais que a duração do voo entre Oahu (HNL) e Maui (OGG) seja cerca de 40 minutos, são apenas 20 minutos de fato voando. Aproveitando o final desse post, como mencionei, faltou ver e fazer muita coisa em Oahu. Tenho certeza que voltarei em breve, mas enquanto isso, deixo aqui as dicas para vocês! Kkk. Vale a pena fazer também a trilha de Olomana 3 Peaks e o Crouching Lion Hike. Também não tivemos tempo de fazer a costa nordeste da ilha. Queria ter visitado o Kualoa Ranch e Secret Island, aonde filmaram Jurassic Park e a série de TV Lost! Quem tiver mais tempo, vale a pena incluir no seu roteiro. E por fim, eu não quis visitar Pearl Harbour porque não me interessa e acho o programa chato, por mais que eu goste de história. Eu vi a baía e cima, no passeio de helicóptero e foi suficiente. Aliás, é até mais legal ver o USS Arizona afundado de cima! Então é isso!! Espero que tenham gostado das minhas dicas de Oahu!