DIdi Krepinsk

Reserve Aqui 28/08/2018

Como eu mencionei antes, pode não parecer, mas Tóquio é uma cidade enorme e tem MUITA coisa para ver! Recomendo ficar uma semana lá se puderem, ou senão, pelo menos cinco noites para poder ver “o básico”. Como o primeiro dia é nulo, pois você fica zonzo com o fuso e está exausto da viagem, sobra apenas quatro dias completos para você explorar essa metrópole fantástica! Como eu já expliquei os pormenores da viagem, como organizei, os aspectos culturais, etc., agora fica mais fácil de escrever as dicas – posso ir direto ao ponto! Kkk. Então segue abaixo uma espécie de diário dos meus dias em Tóquio, com todas as dicas prometidas! Anotem tudo! Se você por acaso não leu os dois primeiros posts sobre o Japão, clique aqui! Como o post acabou ficando muito comprido e detalhado, achei melhor dividir em duas partes, então aqui vocês saberão tudo sobre os primeiros três dias, e na segunda parte, tudo sobre os dois últimos dias! Espero que gostem! 

DAY 1 – WELCOME TO JAPAN

Voamos de Dallas para Tóquio na American Airlines e achei a executiva deles muito boa! Eles entregaram tanto na ida quanto na volta os chinelinhos mais fofos para usar no voo! Eu amei tanto que levei para casa e tenho usado direto! Hahaha. Também achei legal que ofereceram dois tipos de cardápio durante o voo: meu ocidental e menu japonês. Eu comi o ocidental, mas meus pais provaram o japonês e gostaram muito! Olha que fofo como veio servido! Achei legal essa opção para quem quiser já ir entrando no clima hahaha. Como o voo era diurno e bem longo (aproximadamente 11h), eles também ofereceram ramen (tipo um cup noodles) de lanchinho, como um toque asiático. Eu curti! Como o voo era longo, fui bem preparada e equipada. Levei comigo máscara de dormir, bepantol para não ressecar a boca, o meu hidratante da Vichy chamado Mineral 89 (ele é bem leve eu adoro), uma máscara facial e outra labial hidratante, e também o meu rolinho vermelho que ajuda a ativar a circulação. Muitas pessoas me perguntaram dele, mas basicamente, você pode passar aonde quiser – no rosto, nas pernas, nos braços…é bem bom!

Chegamos no aeroporto internacional de Narita, em Tóquio, às 14h. Até que a viagem não foi tão ruim, por mais longa que tenha sido. Dormi durante quase metade do segundo voo (DFW-NTA) e o resto do tempo passei assistindo séries que tinha baixado no meu iPad pelo Netflix. Eu cheguei achando que eu estava super descansada, mas a verdade é que nada pode preparar você para 12 horas de fuso! É um baque! Kkk. Como eu tenho passaporte americano, não precisei de visto para ir ao Japão, pois eles permitem a minha entrada no país automaticamente por 90 dias. No caso dos brasileiros, é necessário obter um visto antes, e pelo o que eu ouvi dizer, é um pouco demorado, então recomendo ver isso com uma certa antecedência, ao invés de deixar para a última hora. Como eu mencionei no primeiro post, eu reservei os aparelhos de Wi-Fi pela internet antes de viajar, então assim que passamos a imigração, fomos direto retirá-los. Foi tão fácil! Chegamos no Terminal 2 e lá na área de chegadas tinha um balcão do Ninja Wifi, e apenas precisei falar o meu nome e apresentar um documento. Já estava tudo pré-pago (prático). É tudo super organizado. Entregaram dois kits, cada um com o aparelho pequeno, o carregador da bateria e algumas instruções. O aparelho já estava carregado, então foi só ligar e conectar que começou a funcionar na hora.

Encontramos nosso motorista do transfer (organizado por nosso fornecedor no Japão) no saguão de chegadas, ele estava com aquela plaquinha básica com o nosso nome kkk, e de cara logo vi as famosas máquinas de venda!! Elas são demais – cada embalagem e produto diferente…dá vontade de experimentar tudo! O aeroporto internacional de Narita (existem dois aeroportos principais em Tóquio) fica mais afastado do centro da cidade, a 76 km, mas é lá que a maioria dos voos internacionais chegam. O nosso transfer privativo levou cerca de 1 hora até o hotel e isso porque não tinha trânsito! O nosso motorista era uma graça e foi nos ensinando algumas palavras básicas em japonês para a gente se virar! Kkk. Foram tão úteis que dividi com vocês no primeiro post introdutório.

Chegamos no Palace Hotel Tokyo por volta das 16h30 e junto com o nosso check-in, recebemos o folder com todo o nosso itinerário para os próximos 21 dias, bem como um monte de informações sobre os lugares que visitaríamos, nossas reservas de restaurantes, mapas, contatos da guia, etc. Olha só o tamanho do negócio nas fotos abaixo! Realmente muito bem feito e super detalhado – foram muito atenciosos! Também recebemos os ingressos do sumô que compramos online e pedimos para entregar no hotel. Essa era a nossa preocupação principal – receber tudo isso, então ficamos logo aliviados que deu tudo certo. O hotel é super bem localizado, na frente do Imperial Palace and Gardens. O hotel AMAN fica a apenas dois quarteirões do hotel e o Tokyo Station a 5 minutos a pé. Ele fica na área mais comercial de Tóquio, e andando pelo bairro você tem a impressão de estar em NYC ou em Philly, por exemplo! O Palace Hotel é bem tradicional, mas acabou de ser totalmente reformado e está lindíssimo! Amamos! Ele foi recomendado por absolutamente todo mundo e todos os lugares que eu costumo pesquisar. Ele pertence à rede The Leading Hotels of The World e ganhou recentemente o prêmio de 5 estrelas da Forbes. Imponente e luxuoso, o lobby tem painéis enormes japoneses maravilhosos!! Ele tem um ar bem moderno, mais sempre refinado e aconchegante. O bar também é bem badalado e frequentado pelos locais – sempre um bom sinal!

Chegamos no quarto quase às 17h exaustos! O quarto era ótimo, uma categoria grand deluxe, super espaçoso com um banheiro enorme lindo de morrer!! A vista do quarto e do banheiro era linda! O serviço de quarto e do hotel em geral foi impecável, e toda noite, junto com água e algumas guloseimas, ganhávamos sais de banho (“sakura bath” porque era primavera ainda) e pijamas do hotel! A cama também era mega confortável! O dia estava basicamente perdido e o cansaço chegou com tudo a hora que entramos no quarto! Desfiz as malas, preparei o meu sakura bath, que contribuiu para uma moleza ainda maior hahaha, e depois deitei na cama e fiquei assistindo o Royal Wedding do Príncipe Harry com a Meghan Markle. Quando terminou, por volta das 21h30, descemos para jantar no restaurante principal do hotel chamado Grand Kitchen. Na verdade, essa era a nossa única escolha porque todos os outros já tinham fechado a cozinha e esse era o único que ficava aberto até mais tarde (23h). Com isso, vale a pena mencionar que tudo aqui no Japão funciona mais cedo – o pessoal costuma almoçar e jantar cedo! No começo você pode até estranhar, mas depois entra no esquema. O ideal quando estiver fazendo as suas reservas, é nunca marcar mais tarde que 20h30. Alguns restaurantes vão exigir que você chegue mais cedo ainda – é normal! O restaurante é super lindo, mas o cardápio é meio confuso, bem misturado e internacional, daquele que realmente agrada a todos – tem pizza, tem comida indiana, tem sanduíches, tem frutos do mar…kkkk. Após o jantar voltamos para o quarto e capotamos – dormi que nem um bebê de tão cansada que eu estava!! O fuso pega mesmo viu?!

DAY 2 – TRENDY AND QUIRKY TOKYO

No segundo dia acordamos super cedo, zonzos com o fuso. Eu acordei às 4h30 e depois não consegui dormir mais. Não sei se é sempre assim ou era a época do ano, mas o sol nasce muito cedo em Tóquio! Eram 5h e já estava claro, o que contribuiu para não conseguir dormir mais. Como o primeiro dia foi meio nulo, consideramos esse o primeiro dia oficial da viagem, inclusive fiz a minha contagem de dias nos stories do Instagram baseado nisso! Já que acordamos cedo, resolvemos levantar antes e começar a bater perna mais cedo para também poder voltar mais cedo para o hotel. O café da manhã estava incluso no hotel, então todo dia tomávamos lá. O buffet do café era muito bom – enorme e completo! Além do buffet, tinha também uma lista de pratos quentes à la carte que já estavam inclusos, como panquecas deliciosas e omeletes, entre outros. No buffet também era servido o café da manhã japonês para quem quisesse.

Resolvemos deixar o nosso primeiro dia livre, sem guia, para explorar a cidade de forma independente, no nosso ritmo, vendo as coisas com calma para pegar um gostinho. Dedicamos o dia inteiro ao bairro de Shinjuku, que além de ser enorme e ter muito o que ver e fazer, é também aonde fica o museu da Yayoi Kusama. Como compramos os únicos ingressos disponíveis (falo mais sobre isso aqui) e eram neste dia, tivemos que montar nosso itinerário de acordo com isso. Aliás, isto é algo que vale a pena mencionar: pode não parecer, mas as distâncias em Tóquio são grandes, então o ideal é montar o itinerário do dia e escolher os restaurantes por bairros! Senão você vai perder muito tempo correndo de um lado por outro. Outra dica essencial para as mulheres é: usem mochila! Não leve bolsas, porque acabam não sendo tão práticas e confortáveis! Eu levei uma mochila preta e usei praticamente todos os dias da viagem! Melhor coisa! Até porque, no Japão, é muito difícil de encontrar latas de lixo na rua, então você tem que guardar o seu próprio lixo até finalmente encontrar uma! Então mochila acaba sendo mais prático por isso também. E já adianto que apesar de não ter muita lata de lixo nas ruas, a cidade é IMPECÁVEL! Você não vê um lixo na rua! É impressionante! Apesar de ser primavera, o tempo ainda estava muito instável durante a viagem, então para não ter erro, eu usava roupas em camadas que eu poderia tirar e guardar na mochila, além de levar um guarda-chuva pequeno. Praticidade sempre! Kkk.

Depois do café seguimos então para Shinjuku. O jeito mais fácil de se locomover em Tóquio é por metrô. É tudo bem sinalizado com placas em inglês, então foi bem tranquilo. Eu recomendo baixar um aplicativo chamado “tokyosubway” – me ajudou muito! Você coloca o nome do local aonde você quer ir e ele te mostra o trajeto certinho, com as devidas paradas e números/cor das linhas! Bem fácil! Não tem erro! Funcionou super! O metrô é super limpo e silencioso, dentro tem ar condicionado e Wi-Fi, e eles também anunciam as paradas em inglês. Nem sempre foi assim, mas depois das olimpíadas acho que tudo ficou mais “tourist friendly”…ainda bem, porque senão seria missão impossível! No primeiro dia pegamos as instruções erradas e fomos andando por fora até o Tokyo Station – burrice, porque depois tivemos que andar praticamente tudo de volta por uma passagem subterrânea hahaha. Mas errando e aprendendo né?! Kkk. Pelo menos no caminho vimos aqueles carros de time sharing estacionados – sim, isso já é uma realidade no Japão! E o tanto que são pequenos e fofos?! Haha. Achei demais e tem vários pontos espalhados pela cidade, muito prático! Foi aí então que descobrimos que o nosso hotel tinha uma escada rolante que saía do lobby direto para uma passagem subterrânea que conectava com Otemachi Station, a estação de metrô mais perto, e onde também pegávamos a linha M – Marunouchi Line. O hotel AMAN também está interconectado por essa passagem, então já fica a dica para não errarem e perderem tempo indo até Tokyo Station!

Para andar no metrô é preciso comprar um bilhete ou ter um passe, mas você pode fazer isso facilmente nas máquinas automáticas logo na entrada. Tem instruções em inglês então não é difícil. O nosso fornecedor local foi super atencioso e nos providenciou no kit os cartões de metrô abastecidos com crédito, então foi mais fácil! Andamos de metrô por 20 minutos, até chegar em Shinjuku Gyoemmae, a parada M10 dessa linha. A nossa primeira parada em Shinjuku foi o belíssimo Shinjuku Gyoen Park, um parque pacato no coração da cidade. O local é lindo, super verde, e tem até um “quê” de Central Park em NYC. Vale a pena caminhar sem pressa pelo parque admirando os jardins! O dia estava lindo e ensolarado então é claro que ajudou. Num dia feio, não sei se valeria a pena!

Depois de caminhar pelo parque, andamos para a loja de departamento Takashimaya. O complexo é enorme, e dentro tem uma loja da Tokyu Hands enorme espalhada em 7 andares! Essa loja é ideal para comprar cacarecos, cosméticos, coisas de papelaria e produtos para o banho. Na verdade, vende de TUDO, mas recomendo para esse tipo de coisa! Acho que ficamos mais de uma hora dentro da loja! O único problema é que todas as embalagens estão escritas em japonês então você não entende NADA, e na dúvida, acaba achando melhor não comprar nada! Especialmente com produtos de beleza – me interessei por várias coisas, tentei decifrar o que era pela embalagem, mas sem sucesso hahaha então acabei comprando pouca coisa! Talvez vale a pena usar o google translator nessas horas ou estar com uma guia que possa traduzir!

No andar subterrâneo da Takashimaya tem um food hall/mercadinho ENORME! É demais! No entanto, os itens à mostra são apenas para comprar, não tem onde sentar e comer, mas é o máximo! Os japoneses são tão detalhistas e perfeccionistas na apresentação e nas embalagens que vale a pena passar um tempo olhando cada coisinha e fazendo degustações. Eu queria fotografar e provar tudo que eu via pela frente! Tentação grande!!! A seção de doces e pâtisserie deles é muito legal! Foi lá que eu comprei um monte de Kit Kats diferentes no Kit Kat Chocolatory. Várias pessoas me perguntaram sobre a variedade de sabores e realmente eu não sei dizer o porquê, mas no Japão existe Kit Kat de tudo quanto é sabor! Cada região ou cidade costuma também ter o seu sabor especial (temático óbvio assim como tudo), então é legal sair comprando os diferentes sabores que você encontrar durante a sua viagem! Acho que eu provei e comprei pelo menos uns 8 diferentes! Sem dúvida, é o melhor souvenir que você pode trazer com você do Japão ou para presentear alguém, porque esses sabores você não encontra em nenhum outro lugar do mundo! Existem também edições limitadas especiais que quando você encontrar, não deixe de comprar! No duty free do aeroporto você encontra uma grande seleção, menos os especiais! Então se você não se importar de ficar sem alguns mais “exóticos” kkk, e não estiver afim de ficar carregando um monte de caixas de chocolate durante a viagem, deixe para comprar no final! Mas eu já aviso – a fila do duty free é a MAIOR coisa que eu já vi na vida! Hahahaha.

Depois de passar pelo menos uma hora observando tudo, fomos almoçar no Din Tai Fung que fica dentro do Takashimaya. Aliás, a loja de departamento tem três andares (12 a 14º) só com restaurantes diferentes! É lotado! Mas achei bem legal, a seleção é bem variada! Como a gente não estava com tanta fome assim, já que comemos um monte de coisinhas no food hall, resolvemos comer só dim sums. Quem me acompanha por aqui sabe que eu sou viciada em dim sums e que eu pirei quando conheci o Din Tai Fung em Singapura a primeira vez. Sou fiel desde então e sempre que eu descubro algum lugar que tem, eu vou! Eles fazem os melhores pork soup dumplings do mundo! A cadeia faz tanto sucesso que tivemos que esperar 1 hora na fila para poder sentar! Mas tava muito bom como sempre então valeu a pena! É uma opção prática e “rápida” (hahaha) quando estiver batendo perna.

Depois do almoço corremos para o Yayoi Kusama Museum. Nosso horário de entrada era 3:30pm e o ingresso permitia uma tolerância de apenas alguns minutos – confesso que agora eu não lembro se era 15 ou 30 minutos, sorry! Caso chegássemos atrasados, não poderíamos entrar, mesmo com ingressos! Eles são bem chatos! Escolhemos passar o dia no bairro de Shinjuku justamente para estar próximo do museu, mas na verdade, ele fica um pouco afastado e no meio do nada em um bairro meio residencial – não é exatamente em Shinjuku. É claro que se você conseguir comprar o ingresso antecipadamente, vale a pena ir, mas caso contrário nem perca o seu tempo! Não adianta ir até lá se você não tiver ingresso – confia em mim! Eles não vendem na hora então nem perca a viagem. Mas é como eu disso no primeiro post, se você não conseguir comprar o ingresso do museu, não se desespere porque você não estará perdendo muita coisa. O museu é bonito, mas bem pequeno, fiquei até surpresa. A exposição dela que visitei em Kyoto, por exemplo, era muito maior e não tinha ingressos limitados a um certo número de pessoas por dia.

Inaugurado no final de 2017, o museu possui 5 andares pequenos e apresenta obras importantes desde os primeiros anos de Kusama até os dias atuais. No primeiro andar (térreo) você encontra a recepção e o gift shop que vende algumas coisas legais. Eu me encantei com a bolsinha de abóbora, mas acabei não comprando e depois me arrependi porque só vende lá! O segundo andar possui obras pequenas do início de sua carreira e o segundo andar possui lindos quadros gigantes e coloridas, mas em nenhum deles é permitido tirar foto! Eu até tentei tirar algumas escondidas do terceiro andar para poder mostrar aqui para vocês (errado, eu sei kkk). A parte mais legal é o quarto andar que tem a famosa instalação “pumpkins screaming about love beyond infinity” e vale toda a visita. Só que você tem apenas 1 minuto para entrar dentro de um quarto escuro e ver as inúmeras abóboras hahaha. Mas é muito bonito! Pode tirar foto! No quinto e último andar, tem uma área a céu aberto e uma abóbora dourada e rosa gigante! E basicamente é isso! O banheiro e o elevador têm também as famosas bolinhas vermelhas de Kusama espalhadas por todos os lugares. Valeu!

Saímos do museu e pegamos um taxi de volta para Shinjuku, direto para a loja de departamento Isetan. Ela também possui um food hall conhecido e demos uma olhada, mas depois de tudo que vimos mais cedo no Takashimaya, começou a ficar repetitivo então não ficamos tanto tempo e não estava mais afim de fotografar kkk. Mas é muito legal – vale a pena ir! O lugar é enorme!! O cansaço começou a bater rápido no final da tarde, mas ainda lutamos um pouco e depois do Isetan caminhamos pelo bairro, meio que se perdendo e se achando sozinhos – nessas horas o aplicativo do Google Maps salva muito, baixem! Fomos parar em Omoide Yokocho, que é basicamente uma ruazinha estreita e rústica, bem escondida, lotada de Izakayas e lugares de Yakitori! São vários mini restaurantes e bares em que as pessoas sentam praticamente colados kkk. É um charme! Eu adorei, tirando o fato que saímos defumados de lá hahaha.

Estava anoitecendo, mas continuamos andando em direção a Kabuki-cho, um distrito de entretenimento e da luz vermelha. Nessa parte de Shinujuku, a quantidade de luzes neon e Pachinko parlors é impressionante! É especialmente legal passear lá de noite! Recomendo muito! Está cheio de restaurantes também! O ramen district fica logo ao lado e é uma boa opção para comer. No meio de Kabuki-Cho tem um complexo enorme de entretenimento com cinema e no topo tem a famosa estátua do Godzilla! Hahaha. Conseguem ver nas fotos abaixo?! Only in Japan!! Hahaha. Depois de bater perna o dia inteiro e andar quase 13 km, a gente estava morto!! Voltamos para o hotel e capotamos! Acordamos para jantar, mas o cansaço era tanto que a gente não tinha condições de sair do hotel! Por isso que eu falei no primeiro post, não reserve nada nas duas primeiras noites porque você provavelmente não vai aguentar ir! É muito cansativo e o fuso acaba com você!

Para não jantar no mesmo lugar, fomos no restaurante japonês tradicional do hotel (“kaiseki”), chamado Wakadura. O Palace Hotel tem 10 restaurantes e bares, então você pode escolher um lugar diferente toda vez! Achei isso muito legal. O restaurante de sushi deles, o Sushi Kanesaka, é super famoso e possui uma estrela Michelin, assim como o Amber Palace com comida asiática. Meus pais pediram um monte de pratos diferentes e eu pedi um “thinly sliced sirloin beef cooked in sweet soy sauce”. Estava muito gostoso, parecia um shabu shabu. Depois do jantar voltamos para o quarto e apagamos. Em Shinjuku faltou ver algumas coisas que estavam na minha wishlist, mas vou compartilhar os nomes aqui com vocês mesmo assim: Zauo fishing restaurant (onde você literalmente pesca o peixe que deseja comer), a vista da cidade à noite do Observation Deck no 45º andar do Tokyo Metropolitan Government Building, VR Shinjuku (enorme instalação de entretenimento com mais de 15 atrações de realidade virtual), Golden Gai à noite com seus bares e ruas grafitadas, e a Sekaido, loja de artes e ofícios.

DAY 3 – CLASSIC TOKYO

No terceiro dia exploramos os bairros de Asakusa, Yanaka, Ueno e Akihabara. Esse foi o primeiro dia com nossa guia, a Anat, uma israelense que mora no Japão há mais de 20 anos. Foi muito interessante ouvir a perspectiva dela e as dificuldades de um estrangeiro que teve que se adaptar à sociedade fechada e tradicional japonesa. Quando montaram o nosso roteiro, a ideia foi dedicar um dia para ver a parte mais “histórica” de Tóquio, e o segundo dia a parte mais moderna e estilosa da cidade. Mesmo tendo a guia, optamos por utilizar o transporte público da cidade, pegando táxis quando fosse mais prático. Eu acho que essa é a melhor maneira de se locomover pela cidade, sinceramente. Se você não se incomoda em andar muito, não vale a pena pegar um carro com motorista porque além de perder muitos detalhes que você só consegue ver a pé, sem falar em todas as comidinhas que você deixa de provar ao longo do caminho, acho que faz parte da experiência andar de metrô, etc.

Na minha opinião, é essencial pegar um guia em Tóquio por pelo menos dois dias. Como eu já mencionei antes, a cidade é ENORME e tem MUITA coisa para ver…se você deixar para fazer tudo no seu ritmo e gastando tempo se localizando e procurando as coisas, você não vai conseguir ver nem 1/10! Por isso é importante ter um guia que saiba exatamente aonde te levar, sabe se virar, fala a língua, e ainda conta detalhes importantes sobre a cultura e a história do país. Os guias no Japão são caros e são esses serviços que encarecem a viagem, mas acho super importante! Mas também sou a favor de deixar uns dias livres para você explorar sozinho, como fizemos no primeiro e no último dia. Também é bom deixar um dia livre para voltar para aqueles lugares que você quer rever com mais calma ou para fazer compras, já que com a guia não sobra muito tempo para isso.

Começamos o dia visitando Asakusa e o belíssimo Senso-Ji Temple. Em um dos primeiros posts sobre a minha viagem ao Japão eu falei sobre a religião do país. Os japoneses são muito abertos, e a maior parte da população diz praticar o xintoísmo e o budismo ao mesmo tempo. O Senso-Ji é um templo budista, por isso você não vê os Torii na entrada, mas logo ao lado você encontra um pequeno santuário xintoísta.  Conhecido também como Asakusa Kannon Temple, o Senso-Ji é talvez o mais famoso e fotografado dos templos de Tóquio. Diz a lenda que no ano de 628, dois irmãos pescaram uma estátua de Kannon, a deusa da misericórdia, do rio Sumida, e apesar de terem colocado a estátua de volta no rio, ela sempre retornava a eles. Consequentemente, Senso-Ji foi construído nas proximidades para a deusa de Kannon. Uma das primeiras coisas que lembro de ter pensado foi “nossa, como o templo é bem preservado! As cores ainda intensas! ”, mas a nossa guia logo nos contou embora ele tenha sido fundado em 628 e concluído em 645, tornando-se assim o templo mais antigo de Tóquio, ele foi reconstruído após ser destruído na Segunda Guerra Mundial.

A entrada do templo é feita pelo portão externo, também conhecido como o Portão do Trovão (“Kaminarimon”), que também é o símbolo de Asakusa e toda a cidade de Tóquio. Do portão externo até o segundo portão do templo, o “Hozomon”, você percorre uma rua comercial de 200 metros chamada Nakamise Dori, alinhada com cerca de 100 lojas que vendem souvenirs, artesanato e muitos petiscos doces e salgados! É um excelente local para comprar guloseimas e cacarecos, e também está cheio de lojinhas de comida! É legal ir provando os diferentes sabores de sorvete e doces japoneses. O Senso-Ji foi nossa primeira parada porque queríamos evitar ao máximo as multidões, portanto fica a dica – vá o mais cedo possível! Ainda mais se quiser tirar fotos sem muita gente no fundo, uma missão quase impossível já aviso! Kkk. Também recomendaria ir durante a semana ao invés do final de semana!

Além do Portão Hozomon, fica a área principal do templo e uma pagoda de cinco andares. Esse foi o meu primeiro contato com um templo budista no Japão e foi legar ouvir a explicação da nossa guia sobre tudo o que estava acontecendo por lá. Primeiramente, dizem que é necessário se “purificar” antes de entrar no edifício principal, então no meio do pátio tem um local soltando uma fumaça de incenso que você deve levar sobre o seu corpo. É muito comum ver o “senkou” (incensos) em templos budistas. Supostamente você pode curar qualquer coisa com isso. Você também deve purificar o corpo lavando suas mãos – há um procedimento correto para purificar a sua alma e este é um importante ritual antes de entrar em qualquer templo ou santuário. No pátio principal também é comum você ver pessoas lendo as suas fortunas, também conhecido como “omikuji”. Essa é uma atividade muito popular e você pode fazer no Senso-Ji. Basta pagar 100 Yen e você irá ler a sua sorte através dos pequenos papéis “omikuji” com mensagens boas ou ruins (existem 7 tipos apenas) que você pode levar com você ou então deixar no templo (amarrado) para os deuses tirarem qualquer aura ruim. Mesmo não sendo budista, acho legal entrar no clima então resolvi fazer um pedido. Geralmente tem um sino no templo no local das orações – você deve tocá-lo primeiro, depois jogar sua moeda (tanto faz o valor) na caixa de oferenda “saisenbako”, bater palmas duas vezes, se curvar duas vezes e então começar a sua oração/pedido. Depois de terminar, você bate palmas e se curva mais uma vez e sai do lugar!

Vários eventos são realizados durante todo o ano na área do Templo de Senso-Ji. O maior deles é o Sanja Matsuri, o festival anual do santuário Asakusa, realizado em maio. Na verdade, este festival estava rolando no final de semana que chegamos, mas nós queríamos distância de muvuca então nem nos arriscamos e preferimos ir no depois com a nossa guia. No entanto, foi impressionante ver como tudo estava limpo e impecável, menos de 24h depois! O Japão nesse sentido é um exemplo! Como visitamos o local um dia após o festival, ainda tinha um monte de painéis decorados com lanternas espalhados pela área do Templo. Eu sempre achei que essas lanternas fossem simplesmente para uso decorativo e jamais imaginei que elas eram nada mais nada menos do que os nomes de patrocinadores do evento! Kkk. Perdeu o encanto na hora! Hahaha. Então fica a dica: sempre que você ver no Japão esses painéis com lanternas, saiba que são apenas nomes dos patrocinadores ou de quem doou dinheiro! Kkk.

Depois de visitar o templo, caminhamos por Asakusa, também conhecido como “Downtown Tokyo”. Achei o bairro super legal, super charmoso, com um astral bem bacana! É um pouco “old town Tokyo” de antigamente…com música japonesa tocando nas ruas, casinhas mais típicas, etc. Vale a pena perder algum tempinho explorando as ruas. Por lá você também encontra uma das lojas mais famosas da cidade para se comer o “Melon Pan”, um tipo de pão doce encontrado em todas as padarias japonesas! O nome vem de melão, pela semelhança no formato, mas normalmente não tem gosto de fruta. Não me perguntem o nome da loja, não faço a mínima ideia, mas está aí na foto abaixo hahaha. Se passarem na frente, já sabem! Kkk. Infelizmente, não tivemos tempo de visitar Kappabashi Dori, uma rua entre Ueno e Asakusa, amada por chefs profissionais e amadores, e habitada por lojas que fornecem o comércio de restaurantes. A entrada para este centro de tudo relacionado à culinária é guardada por uma estátua enorme de um chefe de cozinha, completo com um chapéu branco imponente. A rua principal e as ruas laterais do distrito possuem mais de 170 lojas, oferecendo desde facas japonesas de alta qualidade e laca até fogões de nível profissional. Era um dos lugares que eu mais queria ir, mas ficou para a próxima! Recomendo muito! Os meus pais já foram e acharam o máximo! É lá que você vê todas aquelas comidas de plástico fake ultra-realistas que eles usam nas vitrines dos restaurantes como menu, e é também o local para comprar facas japonesas, kits de sake, etc. Para quem ama comida, gosta de cozinhar ou adora comprar utensílios de cozinha, é um verdadeiro paraíso! Uma dica: se você pretende fazer compras aqui, é melhor que Kappabashi seja a sua última parada do dia para não ficar carregando um monte de sacolas pela cidade!

Outra atração perto de Asakusa é o Tokyo Skytree. Situado do outro lado do rio, fica a uma caminhada de apenas 15 minutos. Esse foi outro lugar que não tive tempo de ir, mas fica aqui a dica para vocês. Recomendo ir à noite para ver a vista da cidade iluminada! O Skytree é o prédio mais alto do Japão e o segundo maior do mundo. Compre o passe “fast skytree ticket combo” para visitar os seguintes andares: tembo galeria, sorakara point e o glass floor, que na minha opinião, são os que importam! Era o que eu queria fazer. O legal é que embaixo da torre, tem um shopping subterrâneo chamado Tokyo Solamachi, cheia de lojinhas e onde você encontra o Rokurinsha Ramen, votado como um dos melhores da cidade!

Continuando o nosso tour, a próxima parada foi Yanaka Old Town, um bairro japonês típico e ativo. Por ser mais afastado do centro, além de ter menos turista, foi o único lugar de Tóquio que não foi destruído com o terremoto e a Segunda Guerra Mundial. Por isso, é o único lugar aonde você consegue ver como Tóquio era 100 anos atrás, com casas típicas de madeira do período Edo. Um oásis de calma, aparentemente congelado no tempo, Yanaka está muito longe da idéia de Tóquio como uma metrópole do futuro. O bairro tem muitos templos, uma espécie de mini Kyoto, pois cerca de 60 templos e santuários foram realocados para essa área depois que um incêndio devastou a área central da capital em 1657. O último Shogun foi enterrado no cemitério de Yanaka, mas você não pode entrar para ver. Para vocês verem como a cultura no Japão é diferente, o cemitério de Yanaka não é um local macabro, muito pelo contrário – cheio de árvores de cerejeiras, os locais costumam fazer piqueniques aqui aos finais de semana e durante a Sakura! Já pensou?! As varas que vocês podem ver em cima dos túmulos nas fotos abaixo indicam a causa da morte da pessoa (o nome da doença é escrito) ou então são mantras budistas. Caminhamos pelo bairro e fizemos uma pausa no Yanaka Beer Hall, um bar/restaurante situado dentro de uma antiga casa super charmosa. Os japoneses são cervejeiros, então resolvi provar uma cerveja de gengibre já que estava lá, mesmo não sendo muito fã! Em relação ao bairro de Yanaka, achei interessante, mas não é imperdível! Acho que teria preferido conhecer Kappabashi ao invés, por exemplo.

Depois seguimos andando para o bairro de Ueno, mais conhecido pelo seu parque – o famoso Ueno Park. Situado no centro de um bairro residencial e de entretenimento de classe média, o parque ocupa uma gigantesca área verde, contendo mausoléus, templos, santuários, museus, estátuas, um magnífico lago de lótus e até um zoológico! Dentre os destaques, o Tokyo National Museum e o Ueno Zoo, lar de pandas, leões indianos e tigres da Sumatra. Com 1.000 árvores cerejeiras, o parque é o lugar mais bonito para ver as flores de cerejeiras na primavera, mas também fica lotado! Caminhamos pelo parque e visitamos também os santuários de Gojo e Hanazono que ficam ali dentro. Bem na saída do parque, em frente à entrada do mercado, tem uma padaria de esquina (também não sei o nome, sorry) incrível! Me encantei! Todos os pães são feitos em formato de bichinhos!! É a coisa mais linda! Tirei 50 mil fotos e fiquei com dó de provar um! Hahaha. Eu adoro esse tipo de coisa! Achei o máximo! Seguimos em direção ao mercado de Ueno aonde almoçamos. O Ueno Market, assim como todos os outros mil mercadinhos que eu vi durante a viagem kkk, é agradável e vale a pena passear e ver os diferentes produtos e comidinhas à venda. É uma boa opção para almoçar se você estiver nessa região.

A nossa guia nos levou para almoçar num izakaya dentro do mercado chamado “Ueno Datono”, mas estava lotado e tinha muita espera, e como já estava um pouco tarde (os japoneses comem cedo), muitos dos pratos tinham acabado já! Então resolvemos procurar outro lugar e encontramos o “Shoku Douraku”, um outro izakaya, bem simpático por sinal. A nossa guia gostou tanto do lugar que disse que iria recomendá-lo para os próximos clientes! Kkk. O restaurante tinha uma seleção incrível de saquê e o cardápio era bem variado! Eu provei o meu primeiro “curry udon noodles” e foi amor à primeira vista! Kkk. O curry japonês é diferente, mais adocicado parece, mas eu achei muito bom! Meu pai optou pelo yakitori (espetinhos de frango) e minha mãe e a guia pediram udon noodles gelados – amaram! Estava tudo muito bom.

Depois do almoço fomos para o distrito de Akihabara, o paraíso dos eletrônicos no Japão e a meca dos “nerds”! Se existe um local que simboliza perfeitamente a imagem futurista estereotipada de Tóquio, é esse! Conhecida também como “Electric Town”, Akihabara ganhou fama logo após a Segunda Guerra Mundial quando o local se tornou um grande mercado negro de eletrônicos e eletrodomésticos. Até hoje, se um aparelho eletrônico existe, ele certamente pode ser encontrado em Akihabara. No entanto, nos últimos anos, o local se tornou mais do que um aglomerado de eletrônicos e abraçou a cultura dos games, transformando-se no epicentro da cultura “Otaku”. Ou seja, o lugar é um verdadeiro parque de diversões virtual para entusiastas de mangás, animes e quadrinhos em geral. Não há lugar melhor no mundo para se comprar animes, mangás, roupas e outros itens de consumo inspirados nesse complexo mundo. Fliperamas e outras máquinas de videogame também estão por todos os lados, assim como os “maid cafés”. Akihabara não é tão grande, mas você tem que ter disposição para subir muitas escadas, já que as lojas são verticalizadas. Um dos primeiros prédios que vocês irão ver é o da SEGA.

A avenida principal do distrito é linda! Eu adorei! Super iluminada e cheia de informação, é divertido passear por lá, mesmo que seja só para apreciar o fanatismo da cultura Otaku no Japão! Lá existem os famosos “maid cafes”, onde garçonetes fantasiadas parecem ter saído das páginas de um gibi japonês! Baseado na cultura cosplay e Kawaii, tudo é muito infantil nesses cafés, desde a vozinha fina que elas fazem quando falam com vocês à decoração do ambiente! Fomos em um dos mais famosos, o “Maidreamin Maid Café”, mas fiquei um pouco decepcionada – achei bobo demais! Os meus pais tinham ido no mesmo, mas disseram que mudou! A graça de ir num lugar desses antigamente era para tirar fotos do local e das garçonetes vestidas assim, mas hoje em dia isso é proibido então não vejo porque ir! Lembrando que você tem que pagar para entrar e tem que consumir obrigatoriamente alguma coisa! Ou seja, não perca o seu tempo!

Andando por Akihabara, você vai notar dezenas de placas de “animal cafés”! Eu estava louca de curiosidade então entrei no primeiro que eu vi – o Cat Café Mocha. Gente, que coisa esquisita! Hahaha. Só no Japão mesmo para existir uma coisa dessas!! Kkk. Para entrar em qualquer um desses você precisa pagar pelo tempo que permanecer dentro (contado de 10 em 10 minutos no caso do meu) e também obrigatoriamente consumir alguma bebida (pode ser café ou refrigerante). E basicamente, ao entrar, você pode ficar observando os animais ou fazer carinho. Para mim é tudo muito aflitivo, especialmente porque não sou muito fã de gatos, mas tive que entrar e conferir de perto! Kkk. Tem gente que fica uma hora dentro desses lugares, tomando um café e trabalhando no laptop….vai entender! Kkk. Existe animal cafés de tudo que você pode imaginar: gatos, porco espinhos, corujas, cachorros, etc. Em Miyajima eu entrei rapidamente dentro de um owl café, mas me deu tanta aflição e medo ao ver o tamanho das corujas lá que abortei hahaha.

E por fim, conhecemos um local novo super cool chamado 2k540 Aki-Oka Artisan, um complexo de lojas de artesanato muito bacana, meio underground, situada abaixo dos trilhos do trem. Vale a pena dar uma olhada nas lojas por lá, achei bem legal. Para quem procura eletrônicos, não pense duas vezes e vá na gigante Yodobashi Camera. Um ponto de referência no bairro, a loja de Akihabara possui 8 andares e é famosa pela grande variedade de produtos e preços populares. Para os amantes de mangá e anime, vá na loja Mandarake Complex! Entre todas as coisas que eu queria ver em Tóquio e não tive tempo, acho que a minha maior frustração foi o Maricar. Talvez vocês já tenham visto em fotos, mas é possível se fantasiar de personagens do Mario Kart ou Pikachu, entre outros, e sair dirigindo karts pelas ruas de Tóquio! Era o meu SONHO fazer isso! Eu insisti muito, até o último minuto, mas infelizmente, por algum motivo bobo, brasileiros não podem dirigir! Na verdade, tem a ver com a ratificação de um anexo da Convenção de Genebra que o Brasil não é signatário. E não adianta pegar a PID (Permissão Internacional de Dirigir) porque ela ainda é expedida por um órgão brasileiro e, portanto, não tem validade no Japão. Se você tiver uma carteira de motorista americana você pode dirigir! A experiência deve ser IMPERDÍVEL e já está na minha #bucketlist para a próxima vez!!

Poderíamos ter zanzado e explorado mais Akihabara, mas já eram quase 17h e nós estávamos MORTOS!! Andamos MUITO, quase 13km esse dia, então só queríamos voltar para o hotel, tomar um banho e fazer um power nap antes do jantar! À noite fomos no famoso Robot Restaurant. É brega? Sim! É turistão? Sim! Muito!! Mas, é um daqueles programas que todo mundo deveria fazer para sentir um gostinho do Japão. É divertido, sem dúvida, mas o show é longo (são 4 atos com intervalos) então fica cansativo – fugimos na metade! Kkk. Nós reservamos o show das 19h (existem 3 horários por noite). O restaurante fica em Kabuki-cho, em Shinjuku, e todo mundo conhece, não tem erro! A quantidade de neons com o nome do local e os robôs barulhentos na frente são inconfundíveis. Mesmo sendo turistão, o show é super concorrido, então reserve com uma certa antecedência. Eu pedi para o Concierge do meu hotel reservar, e eles escolheram lugares com assento marcado então foi ótimo! Existe a opção de jantar durante o show, mas eu NÃO recomendo! A comida aparentemente é bem meia boca, então não vale a pena! Melhor assistir ao show tomando drinks (tudo é pega turista por sinal e caro kkk) e ir jantar fora depois. Foi o que fizemos. De tão “ridículo”, o show chega a ser engraçado! Você com certeza nunca viu nada igual! Hahaha. A melhor comparação que posso fazer é com o nosso carnaval – uma versão de mini carros alegóricos e fantasias loucas japonesas com um som meio ensurdecedor! Hahaha. Mas faz parte do “Tokyo Experience” vamos dizer! Kkk. Valeu!

Fugimos então no meio do show e fomos atrás de um restaurante na mesma região para jantar. Shinjuku é conhecido como a meca do ramen com cerca de 300 restaurantes na área, o que o torna o distrito de ramen mais competitivo do Japão! Fomos andando sem rumo e nos deparamos com o pequeno restaurante 175º Deno. Tinha uma fila na porta e a cara estava ótima! Não pensamos duas vezes! De fato, foi um dos melhores ramens da viagem (e olha que não foram poucos kkk). O restaurante é originalmente de Sapporo, cidade aonde nasceu o “miso ramen”, então isso já era indicativo que seria bom. Foi a minha primeira experiência com uma máquina de vendas num restaurante. No Japão, como ramen é considerado praticamente um “fast food”, é comum você fazer o seu pedido numa máquina de vendas e aguardar sentada no balcão enquanto preparam o seu. O único problema é que essas máquinas são todas em japonês, então ou você pede ajuda e torce para alguém falar inglês, ou você se aventura no chute! Kkk. Mas eu achei muito legal! O ramen estava INCRÍVEL! E o melhor de tudo? É muito barato! Recomendo muito!

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