DIdi Krepinsk

Reserve Aqui 03/06/2019

Como muitos sabem, fui para Fernando de Noronha pela primeira vez agora em abril. Era uma viagem que queria fazer faz tempo, mas sempre acabava optando por outro lugar. No entanto, dessa vez eu fui com meus pais e resolvemos conferir todo esse hype em volta da ilha com os nossos próprios olhos. Infelizmente, a minha experiência não foi das melhores, e como falei no Instagram, a verdade é que eu não amei! Gostei de ter conhecido, valeu, mas definitivamente Noronha não é tudo isso que falam, na minha humilde opinião. Esse é um relato sincero, assim como todos que faço aqui no blog. Quando postei minhas impressões fiquei surpresa ao receber dezenas e dezenas de mensagens de pessoas que tiveram a mesma experiência e não se impressionaram também. Então me pergunto – porque que a ilha continua com tanto hype?!

A natureza é bonita, sem dúvida, e mesmo tendo ido na época “errada” consegui enxergar muita beleza e imagino que seja ainda mais bonito no mês de setembro quando aparentemente o mar fica transparente e com cores do caribe. Mas verdade seja dita – nos outros 10 meses do ano, o mar não é grandes coisas! E mesmo que você vá na época certa, isso não tira o problema principal de Noronha que são os preços abusivos e a falta de infraestrutura básica. E quando digo básica, é básica mesmo – não estou falando de ter beach clubs na praia não. Mal chegamos e minha mãe teve que fazer “baldeação” para ir ao banheiro no Centro de Visitantes…acho que ninguém merece isso né?! Nós somos obrigados a pagar uma taxa de proteção ambiental (estrangeiros pagam em dobro), mas para onde vai todo esse dinheiro porque na infraestrutura da ilha que não é! Chamar as ruas (tanto as asfaltadas quanto as de terra) de desburacadas seria um elogio – o que encontramos são verdadeiras crateras! E dirigindo buggys caindo aos pedaços (com diárias de R$ 300), especialmente em época de chuva onde tudo fica uma lama só, a verdade é que tudo passa a ser um grande perrengue e a viagem deixa de ser prazerosa! E o que deveria ser acessível para todos, afinal Fernando de Noronha é sim uma ilha com beleza ímpar em termos de Brasil, também deixa de ser a partir do momento que você tem botecos de praia cobrando preço de Fasano!

Por outro lado, também não posso deixar de falar as coisas boas da ilha né?! Adorei o mergulho, achei a comida de modo geral muito boa nos restaurantes apesar dos preços altos, gostei muito da nossa pousada e achei o pessoal da ilha uma simpatia! Mas, em resumo, infelizmente, eu acho que não vale o custo e muito menos os perrengues, mesmo indo na época certa. Gostaria muito de poder dizer que amei como todo mundo, mas para mim, Noronha está visto.  De todo jeito, segue abaixo um breakdown dos cinco dias que passei na ilha com dicas de todos os passeios e restaurantes. Minha sugestão para quem ainda não foi e quer ir: vá somente em setembro, invista numa pousada boa e vá apenas para mergulhar! Kkk. Vá com expectativas zero para não se decepcionar. Tenho certeza que muitos não irão concordar, mas lembrando, essa é a minha opinião baseada na minha experiência. Eu sou muito mais Trancoso!

DAY 1

Saímos sábado de manhã do aeroporto de Guarulhos em São Paulo para Recife. Fomos de LATAM e depois trocamos para um voo da Azul. Acho que é a única que voa para a ilha de Fernando de Noronha, mas não tenho certeza. São quase três horas de voo para Recife e depois mais 50 minutos para Noronha, então é uma viagem longa!! Além do mais, Noronha tem um fuso de uma hora a mais nessa época do ano. Aliás, preciso dizer que fiquei impressionada com a qualidade do voo da Azul – aviões super limpos e adorei a cestinha de batatinha chips, cookies, castanhas e balinhas que eles oferecem. A melhor parte é que pode pegar quantos pacotinhos você quiser! Enquanto isso na LATAM, estavam cobrando até a coca-cola…kkk. Em relação ao fuso de uma hora, recomendo tirar o seu celular do ajuste automático de horário e colocar manualmente no horário para não ter problema. É comum o celular “travar” e voltar para o horário de Brasília à meia-noite. Para evitar perder a hora dos passeios, fica a dica.

Outra dica importante: preencha a ficha e pague antecipadamente online a TPA (Taxa de Proteção Ambiental) para facilitar a sua chegada. O aeroporto é pequeno então agiliza muito você já ter toda essa papelada impressa – você pega outra fila. É muito papel junto: documento migratório que você apresenta na chegada, uma guia que você entrega na pousada no check-in, guia que você apresenta no check-out e quando estiver no aeroporto embarcando para sair! Ufa. Tudo isso por pessoa! Kkk. A Taxa de Proteção Ambiental – TPA custa R$ 73,52 por noite e por pessoa, e todo mundo tem que pagar. Para comprar online antecipadamente, basta acessar o site www.noronha.pe.gov.br e segui as instruções. Falando em proteção ambiental, achei bem legal a iniciativa da campanha Noronha Plástico Zero que recentemente proibiu por decreto na ilha o uso de plásticos descartáveis como copos, pratos, canudos, sacolas, talheres e garrafas com menos de 500 ml de conteúdo.

Para fazer alguns dos passeios é necessário pagar também a taxa de acesso ao Parque Nacional Marinho de Noronha. O valor do ingresso/taxa é de R$ 106,00 por pessoa para turistas brasileiros e R$ 212,00 por pessoa para turistas estrangeiros. O ingresso é válido por 10 dias. Os maiores de 60 anos são isentos, no caso dos meus pais. Você também pode fazer a compra antecipada online (www.parnanoronha.com.br/ingressos) e foi o que eu fiz, mas na verdade não tive vantagem nenhuma fazendo isso. Depois que saímos do aeroporto, o nosso receptivo nos levou para para o centro de visitantes para retirar a entrada do Parque Marinho. Chegando lá tinha a maior fila e apenas um atendente, então demorou quase 1 hora para poder retirar esse crachá. Tentamos furar a fila argumentando que já tínhamos comprado online, mas como só tinha uma atendente, não podíamos. Por isso que não sei se vale a pena comprar antes. Pode ser que na alta temporada tenha duas atendentes e aí compense, mas caso contrário você ficará preso na fila de todo jeito! Esse ingresso (cartão) do Parque Marinho funciona como uma identidade sua na ilha. Além de conter suas informações pessoais, será necessário apresentá-lo toda vez que você entrar dentro do Parque para ir nas praias ou realizar passeios como o mergulho, e também na hora de agendar as trilhas. Então, é bom andar sempre com ele, porque você nunca sabe quando vai precisar. Eu guardava o meu dentro da capinha do meu celular que não tinha erro! Recomendo que façam o mesmo!

É no centro de visitantes que você retira a entrada do Parque Marinho e também agenda as trilhas. O agendamento acontece todo dia às 17 horas. Mas aí está a sacada – para poder agendar as trilhas, você já precisa ter em mãos a sua entrada para o Parque. Nem tente usar o seu “voucher” do pagamento online porque não vai funcionar! O agendamento também tem que ser presencial, não tem como fazer online. Todo dia, às 15h30, eles distribuem uma senha. Às 17h, quando o centro de agendamento abre, eles chamam por ordem de senha, então quem chegou cedo e pegou as senhas têm preferência para agendar. Depois que acabarem todas as senhas, eles chamam por ordem de chegada. Por motivos de preservação, o acesso às trilhas é limitado e só permitem um número X de pessoas por dia em cada trilha. Algumas trilhas exigem o acompanhamento de um guia oficial, outras não. É bom fazer essa função assim que chegar, pois mesmo sendo baixa temporada, não conseguimos agendar uma trilha que eu queria muito fazer – a trilha do morro de São José. Portanto, recomendo chegar e resolver isso de cara.

Para organizar todos os nossos passeios e o aluguel do buggy, contratamos a empresa de receptivo Noronha Tour. Gostamos muito do atendimento então recomendaria utilizá-los. Eles possuem passeios privativos também o que pode ser uma boa opção quando o assunto é barco! Achei super prático que a empresa entregou o buggy direto na nossa pousada – já estava lá nos esperando quando chegamos. A devolução também foi feita na própria pousada, apenas deixamos as chaves – prático, sem stress e sem burocracia, o que é bom , porque na ilha já tem demais!! Kkkk.

Nos instalamos tarde, lá pelas 18h apenas. Nos hospedamos por 5 noites na Pousada Morena. Na hora de escolher o hotel eu consultei amigos que já tinham ido para Noronha e a resposta foi unânime – a Pousada Morena tem o melhor custo benefício para quem procura instalações mais luxuosas. A Pousada Maravilha já está um pouco velha e precisando de reforma, sem falar nos preços absurdos! Isso porque eu teoricamente fui numa época ruim! Quero nem pensar na alta temporada ou então no réveillon! Mas eu sinceramente acho que o preço não vale! A Pousada Maria Bonita, famosa por pertencer aos globais Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank é bonitinha, nova e com quartos bons segundo a minha amiga, no entanto, acho a sua localização bem mico! Não ficaria! Com isso em mente, acabamos optando pela Morena e ficamos muito satisfeitos com a nossa escolha! A pousada é bem fofa e charmosa! O pessoal da pousada é uma simpatia – todo mundo alegre, esforçado e educado. Faz toda diferença na estadia – todos te conhecem e chamam pelo nome, dá um toque pessoal. A vista da piscina é super bonita para o mar e o morro do pico, o ponto mais alto da ilha. Achei o café da manhã uma delícia também.! O meu quarto tinha um ar condicionado possante, TV a cabo, frigobar, tudo direitinho. O chuveiro com água quente também bom. A única reclamação dos quartoa seria a falta de armário/espaço para guardar as roupas. Fiquei pensando em quem vai para o réveillon com 100 mil looks – não tem onde colocar! Kkk. O wi-fi da pousada também funcionou muito bem o tempo todo. A Morena oferece ainda como cortesia toalhas e cadeiras de praia, além de um cooler com gelo, o que eu achei bacana. Gostei também da sua localização, perto do centrinho.

Depois de desfazer as malas, tomamos um “welcome drink” na pousada mesmo e a noite fomos jantar no Cacimba Bistrô que foi super indicado por todos vocês no Instagram e também pela nossa pousada! Achei o restaurante uma graça, ambiente charmoso e serviço eficiente – bem gostoso! A comida estava muito boa! De entrada pedimos o bolinho de carne seca que estava incrível! De prato principal recomendo o bobó de lagosta (para duas pessoas). De sobremesa peça o Cartola – esse também foi super recomendado por todos e valeu cada caloria! Kkk. Muita gente falou do pastel de lagosta, mas acabamos não pedindo porque “almoçamos” um pastel no aeroporto de Recife durante a nossa conexão! Durante o jantar começou uma chuva monstruosa!! Parecia uma cachoeira descendo a rua do restaurante – não tinha condições de pegar o buggy então largamos lá mesmo e voltamos de taxi! O pessoal do restaurante se ofereceu a levar o nosso buggy para a pousada de manhã cedo – achei super gentil e bem legal. Topamos. Nesse aspecto Noronha é assim – todo mundo gente fina demais! E todo mundo se conhece!

DAY 2

Acordamos 7h e às 8h o pessoal do Noronha Tour passou no hotel para buscar a gente para fazer o ilhatour. O ilhatour é um passeio de 8 horas de duração feito por terra no qual se visita várias praias e atrativos da ilha, tais quais o complexo do Porto e suas belezas naturais como o Alagado dos Tubarões e Buraco da Raquel, a Praia do Sancho e seus mirantes, Cacimba do Padre e Baía dos Porcos, Praia do Sueste e Praia do Leão. O passeio inclui paradas para banho e mergulho livre e uma parada para o almoço (não incluso). O passeio é feito num veículo 4X4 – na verdade, é uma jardineira para até 10 pessoas, com 6 lugares atrás (bem duros por sinal) e mais 4 lugares dentro da cabine do carro. Como mencionei no início, as ruas são bem desburacadas então pula bastante atrás! Não é muito confortável, ainda mais para um passeio que dura o dia todo. No entanto, é um passeio que vale a pena e acho que todo mundo indo pela primeira vez deveria fazer. Recomendo marcar logo no primeiro dia que nem nós fizemos para pegar “um gosto” da ilha e entendê-la melhor – saber se localizar.

A primeira parada do passeio foi a Praia do Sancho e o Mirante do Forte São José com vista para a Baía dos Porcos e o Morro dos Dois Irmãos. Ao chegar no local, você precisa apresentar primeiro a sua “identidade” (carteirinha de acesso ao Parque Marinho) – eles dão um “check in” para conferir se é você, etc. Isso é feito dentro de uma lojinha de souvenirs e a partir daí existem quatro trilhas que você pode percorrer, todas auto-guiadas. A trilha 1 é a Trilha Golfinho. Essa é para quem gosta de acordar cedo! Kkk. Às 6h30 o acesso é liberado para essa trilha que vai até a baía dos golfinhos e é possível ver um monte logo cedo pela manhã do mirante. No mirante eles entregam binóculos para você poder observar os golfinhos nadando e fazendo manobras na água. Mas só é possível vê-los pela manhã mesmo, por isso não vale a pena fazer essa trilha em outro horário pelo o que me informaram. A trilha 3 é uma trilha mais comprida com 1,1 km de dificuldade leve, mas em terreno irregular. Ela é chamada de Trilha Golfinho-Sancho. Não fizemos e não acho que perdemos nada. Eu recomendo fazer as trilhas 2 e 4 – Trilha Sancho e Trilha Mirante Dois Irmãos. Ambas são acessadas por uma linda passarela de madeira, é super bonito.

Primeiro fizemos a trilha 2 em direção à Praia do Sancho, eleita pela 3a vez consecutiva a praia mais bonita do mundo segundo o meu guia. Novamente, vou ter que discordar – pode ser que eu tenha ido na época errada, mas não achei a praia tão espetacular a esse ponto! Para acessar a Praia do Sancho você precisa descer dois lances de escadas com mais ou menos 20 degraus cada uma através de uma fenda na pedra. Os degraus são bem íngremes e o primeiro lance é bem “justo” então algumas pessoas podem ter uma certa dificuldade. Se for o caso, recomendo não ir. Depois dos dois lances de escada tem uma outra escadaria com 178 degraus. O problema é que o que desce, depois tem que subir! Kkk. No entanto, quem não conseguir descer não precisa se preocupar – você pode visitar a Praia do Sancho e fazer um mergulho através do passeio de barco que também para lá. É importante programar bem a sua ida para a Praia do Sancho, pois existe hora certa para descer e hora certa para subir! Por exemplo: das 9h às 10h20 é apenas descida. Se você estiver na praia e quiser subir para voltar, não pode! Tem que esperar até 10h20. E por aí vai. Coloquei acima a foto que tirei da placa com os horários para já ajudar vocês! Kkk.

Depois de encarar essa descida toda, finalmente chegamos na famosa Praia do Sancho. A praia não estava tão espetacular porque o mar estava muito mexido e tinha chovido muito na noite anterior, mas aparentemente, a praia é geralmente um espelho e a cor da água transparente. No entanto, o que eu encontrei não foi nada igual as fotos que vi por aí. Kkk. Nosso guia falou que no mês de setembro é outra praia – por isso, repito, vá somente em setembro! Kkk. Mas em contrapartida, no inverno tem cachoeiras, o que é lindo também! Entramos no mar e tomamos um delicioso banho de cachoeira antes de subir para continuar a trilha dos mirantes. A vista do Mirante do Forte de São José é linda e é dali que a maioria das pessoas tiram as fotos que vocês vêm no Instagram!

A segunda parada foi a Baía do Sueste, mas com toda chuva a lama do mangue invadiu e o mar estava marrom!! Novamente entra a questão da época errada – é comum o mangue “estourar” no inverno como eles mesmo dizem. Nessa baía geralmente tem bastante vida marinha como tartarugas de todos os tamanhos e tubarões.  Como é também um local de reprodução, a baía é dividida em três partes – algumas reservadas apenas para biólogos. Veja a foto abaixo para entender melhor a divisão. Costuma ser um bom local para snorkel, mas como estava marrom, não entramos na água. Apenas observamos um pouco e seguimos para o próximo local. A terceira parada foi o Mirante das Caracas. Originalmente o passeio incluía a Praia do Leão, mas não fomos. Fizemos uma parada rápida nesse mirante, da onde se pode ver a Praia do Leão e depois fizemos uma pausa no passeio para o almoço. O almoço não estava incluído no passeio, então pedimos para nos deixar na Pousada Maravilha e almoçamos por lá. Sentamos numa mesa no deck do terraço, bem gostoso com uma vista linda e brisa deliciosa! Peçam uma caipiroska – combina com o visual! Kkk. A comida estava muito boa. De sobremesa recomendo a tapioca norteña – uma perdição!!

Depois do almoço, continuamos o ilha tour e paramos no Porto de Santo Antônio para visitar a famosa capelinha de Noronha, onde muitos já se casaram! Do alto se tem uma vista bonita do Alagado dos Tubarões aonde é proibido nadar. É lá também que fica o Museu dos Tubarões que nada mais é do que um bar/restaurante com uma sala dedicada às dentaduras de diferentes tubarões com algumas informações. Nada impressionante! Kkkk. Mas no jardim tem umas esculturas divertidas de sereia, arraias, trono de netuno, etc. Foi lá que tirei minha foto com o rabo de sereia hahaha. O bar tava bem agradável, tocando uma música ao vivo e com uma brisa gostosa – estava cheio por sinal. Mas não ficamos e seguimos o tour.

A próxima parada foi o Mirante do Boldró. Estava muito calor e o sol super ardido então ficamos 5 minutos apenas para apreciar a vista e depois fomos para a famosa Praia Cacimba do Padre. Na minha opinião, essa é a praia mais linda da ilha! Foi a que eu mais gostei! O visual, especialmente no fim de tarde com o pôr do sol, é espetacular! Essa é a praia preferida dos surfistas porque costuma ter muita onda no verão, mas até que estava calminha. Também achei simpática a praia porque tinha cadeiras de praia para alugar e algumas barracas servindo bebidas, etc. Ahh, faltou contar que no caminho dessa praia a jardineira atolou na lama! Hahaha. Foi o maior auê – um drama para conseguir desatolar e seguir viagem. É o que eu falo – é muito perrengue para desfrutar das praias. Da praia da Cacimba você pode fazer uma mini trilha pelas pedras que leva para a Baía dos Porcos. Lá tem um local lindo no topo das pedras para tirar uma foto com o morro dos dois irmãos de pano de fundo! Recomendo! Uma coisa que vale mencionar – mesmo sendo “outono” a temperatura da água estava incrível! Quando a maré está baixa é possível andar a pé para a Praia do Bode e da Quixaba porque vira uma extensão de areia só.  Por fim, levaram a gente para ver o pôr do sol no Fortim do Boldró, mas nós preferimos voltar para o hotel e curtir a piscina!

À noite fomos jantar no restaurante Xica da Silva. Achei o restaurante OK, nada demais. O ambiente deixa a desejar – luz muito forte dentro! Chegue cedo para conseguir uma mesa no terraço que aí fica bem mais agradável. Eu pedi um frango com curry que estava OK e meus pais dividiram a carne de sol com baião de dois e amaram, então fica a dica! Outra coisa que esqueci de falar acima, mas vale mencionar – tem bastante taxi na ilha!! No final a gente acabava usando o nosso buggy só de noite e nem precisaria ter alugado, porque você pode ir do hotel para os restaurantes de taxi tranquilamente! Pode ser que na alta temporada fique um pouco mais difícil, mas achei a frota grande até! Tem mais taxi do que em Mykonos! Kkkk. No entanto, se você já conhece bem a ilha e quer explorar tudo sozinho, daí realmente precisa ter um buggy para se locomover.

DAY 3

No terceiro dia acordamos às 7h para fazer o passeio de barco. O passeio dura cerca de 3 horas e percorre toda extensão do mar de dentro, passando pelas Ilhas Secundárias, Morro de Fora, Dois Irmãos, Baía dos Porcos, Sancho, Baía dos Golfinhos até a Ponta da Sapata, com parada para banho na Praia do Sancho na volta. Se você quiser ver golfinhos, essa é definitivamente a melhor maneira. As chances de vê-los durante o passeio são altíssimas! O pessoal da Noronha Tour passou para nos buscar pontualmente às 7h30 e em seguida fomos parando em outras pousadas para buscar o resto do pessoal. Não parece, mas todo esse processo demorou quase 1 hora, muito chato! Porque depois de buscar todo mundo, temos que passar no escritório do receptivo para fazer a “liberação” do passeio. Esse foi um dos erros do passeio – ele não era privativo. Se a gente soubesse antes, teria feito um passeio diferente. Achei que tinha gente demais no passeio e tirando os golfinhos e a parada para fazer snorkel na praia do Sancho, o passeio foi muito chato! Você vai e volta pelo mesmo lugar e é longo demais. Então minha recomendação é fazer um passeio privado! Pelo menos eu usei essa parada no escritório da Noronha Tour para comprar o meu chapéu na loja Amo Noronha. Então de modo geral achei o passeio de barco bem boring! Durante o passeio você pode consumir algumas coisas como água, cerveja e refrigerantes e depois pagar no final do passeio – é tudo à parte. Você também pode alugar uma máscara de snorkel no barco por R$ 10 – foi o que fizemos, porque tem bastante peixinho fofo no Sancho, vale a pena. Outro passeio que me indicaram que talvez possa valer mais a pena é a canoa havaiana – porque você rema perto do porto que é aonde estão todos os golfinhos! Se eu não me engano esse passeio de canoa dura apenas 1 hora, então é bem mais rápido e direto ao ponto se você só quer ver os golfinhos!! Não tenho fotos dos golfinhos para colocar aqui, pois apenas filmei, mas os vídeos estão salvos nos destaques do Instagram como “Noronha”!

Depois do passeio de barco voltamos para a pousada e curtimos um pouco da piscina e do sol e aproveitamos para almoçar. A comida do hotel é muito boa, então se você não estiver hospedado lá, recomendo jantar ou almoçar na Morena um dia! À tarde fizemos o batismo com a empresa Atlantis. Basicamente, o batismo é para quem quer mergulhar, mas não possui certificação PADI. Eu sou louca para tirar a carteirinha de mergulho então esse foi o meu primeiro passo! Estou no processo de tirar ela para poder mergulhar no Havaí em agosto e depois em Moçambique em outubro! Para o passeio foi o mesmo esquema: passaram nos buscar na pousada e foram buscando os outros depois, mas dessa vez era só a gente e outra família de 4 pessoas – bem melhor! Saímos do Porto de Santo Antônio. O passeio todo dura 4 horas e envolve mergulho de cilindro em um dos maravilhosos pontos de Noronha. O batismo inclui um instrutor capacitado para acompanhamento no percurso e equipamentos – colete, regulador e cilindro. Sempre terá um instrutor com você durante todo o mergulho. Vale a pena fazer esse passeio (batismo ou mergulho) porque Noronha é conhecido por ser um dos melhores locais para mergulho do mundo por causa da grande quantidade de vida marinha. Se você gosta do mar, tem que fazer! Foi um dos highlights da viagem para mim, sem a menor sombra de dúvida. Por isso que até comentei no início do post – por mim Noronha vale a pena só para fazer mergulho kkkk. Eu teria feito todos os dias se meus pais tivessem topado! Toda beleza está embaixo da água.

A experiência do batismo foi muitooo legal! Eu amei! Vimos vários peixes diferentes, alguns bem grandes, tubarão e arraias. Ficamos apenas 30 minutos embaixo da água, mas pareceu 1 hora! Mergulhar é bem zen, transmite uma paz…eu amei demais! A equipe do Atlantis também nota 10. Durante o passeio você pode contratar a filmagem do seu mergulho (por um preço a parte). Uma fotógrafa também mergulha junto para capturar os seus momentos, mas diferente do vídeo, as fotos são sem compromisso. Você só paga se gostar! No final da tarde fomos na lojinha da Atlantis na Vila dos Remédios (centrinho) para ver as fotos e acabamos comprando algumas. É lá que você também retira o seu certificado de batismo. Aproveitando, ao lado da lojinha fica o restaurante O Pico que pertence ao pessoal do Noronha Tour. É bem charmosinho e estava tocando uma música ao vivo, pareceu bem simpático – uma boa dica!

À noite jantamos no restaurante Varanda. Ele foi super recomendado pelo pessoal do hotel e gostamos muito. O acesso é meio ruim e estranho, por uma rua de barro desburacada…parece que você está indo para lugar algum, mas é só seguir uns 200/300 metros que tem sim! Kkk. É isso que eu digo sobre infraestrutura básica em Noronha – é uma pena ver restaurantes e pousadas legais com acessos tão ruins! O restaurante é bem simpático e apesar de se chamar Varanda, não tem vista. Sentamos no terraço externo, mas a parte de dentro também é agradável. A comida estava muito boa! Foi um dos melhores que comemos durante a viagem! Minha mãe pediu o prato da boa lembrança com camarões e amou! Eu e meu pai dividimos um filé a parmegiana enorme!! Aliás, tudo lá é bem servido, então os pratos podem facilmente ser divididos por duas pessoas. De sobremesa pedimos a cocada mole morna – estava uma delícia!! Recomendo! Hmmmmm.

DAY 4

No quarto dia acordamos e tinha chovido MUITO à noite. O tempo estava bem nublado e a previsão era 80% de chance de chuva forte pela manhã então tivemos que cancelar a Trilha da Costa Esmeralda que tínhamos agendado com o Noronha Tour. Foi uma pena porque eu estava super animada para fazer esse passeio, mas como alguns trechos da trilha são pelas pedras, poderia ser perigoso por elas estarem molhadas e escorregadias…a guia até nos deu a opção de arriscar, mas com meu pai não dava, então achamos melhor cancelar mesmo. Mesmo não tendo feito, eu recomendaria essa trilha – parece ser bem legal e pitoresca. A trilha dura 4 horas e é feita pela manhã no horário de acordo com a tabua de maré. Nela você conhece toda extensão do Mar de Dentro seguindo o caminho das Praias do Cachorro, Meio, Conceição, Boldró, Americano, Bode, Cacimba do Padre e Baía dos Porcos com paradas para snorkel e banho. A trilha ia ser privativa o que era ótimo – ficamos um pouco traumatizados com o tamanho do grupo no passeio do barco no dia anterior hahaha. Tanto é que cancelamos também outra atividade que tínhamos agendado para o quarto dia, o Planasub, com medo de que fosse mais do mesmo. Com certeza vocês já ouviram falar desse passeio ou já viram fotos – é um reboque de barco com pranchinha. O passeio dura 1 hora e basicamente você é puxado pelo barco através de uma pranchinha enquanto observa a fauna marinha com máscara de snorkel.

Já que a gente estava sem programação esse dia porque cancelamos os dois programas (um voluntariamente e outro involuntariamente), resolvemos ir para a Praia do Cachorro e conhecer o famoso Buraco do Galego. Eu já tinha visto dezenas de fotos MARAS lá e claro, estava louca para tirar uma igual – quem nunca?! Hahaha. Mas que decepção! Que mico! Hahaha.  Ao vivo, o lugar é NADA igual as fotos! Até postei nos meus stories “expectativa x realidade” de tão chocada que eu fiquei! Hahah Alguém mais se identificou? Acho que povo força a barra nos filtros, porque não é possível!! Sem falar nas dezenas de caranguejos nas pedras! E não eram pequenos não!! QUASE MORRI! Hahaha. Olha, de tudo que eu vi, a única dessas piscinas naturais que é realmente bonita é aquela da Trilha do Morro de São José. Passamos na frente de barco e mesmo com tempo ruim e na época errada, a cor da água estava incrível! Então vale a pena marcar essa trilha! Anotem a dica! E podem pular esse buraco do galego que é furada!

Começou a chover de novo então voltamos para a pousada e ficamos por lá relaxando. Por volta do meio-dia o tempo abriu e o sol saiu então fomos almoçar no Bar do Mergulhão. O ambiente é muito simpático, eu gostei bastante, no entanto, é muito caro!! Aliás, como eu disse, tudo em Noronha é muito caro! A ilha definitivamente não é acessível para todos. Para vocês terem uma ideia, nossa conta deu R$ 600! E nem almoçamos! Foram só 2 petiscos (a linguiça flambada é muito boa por sinal), 5 caipirinhas (R$ 35,00 cada) e 2 cervejas! Caro né?! A gasolina na ilha custa R$ 7,00 o litro! Tá certo que estamos numa ilha e tudo, mas também não é pra tanto! Um prato de massa em todos os restaurantes que fui não sai por menos de R$ 80/90!! Achei mto abusivo! Voltou a chover então após beliscar um pouco, voltamos para a pousada e ficamos descansando o resto da tarde. Aliás, o pastel da pousada é top!! Foi um dia morto por causa do tempo, infelizmente. À noite fomos jantar na pousada Teju-Açu que também foi muito recomendada por várias pessoas. O ambiente é super legal, a pousada é uma graça, mas achei a comida OK. De sobremesa vale pedir o petit gateau – na dúvida pedimos dois! Kkk. No entanto, o restaurante não foi o meu favorito.

DAY 5

No quinto e último dia, acordamos um pouco mais “tarde” hahaha porque nossa trilha estava agendada somente às 9h30. Essa foi aquela trilha que agendamos no primeiro dia assim que chegamos – foi o primeiro dia que tinha disponibilidade, então demos sorte de conseguir agendar ela para o último dia pelo menos. Não sei se eu diria sorte, porque achei ela bem ruim hahaha, mas enfim. Fizemos então a Trilha da Atalaia Curta. Essa é uma trilha autoguiada, relativamente simples, mas precisa de agendamento prévio junto ao ICMBIO. O percurso todo leva 1h30 (meia hora para ir, meia para voltar e meia para nadar). Alugamos equipamento de snorkel na Danilory, uma lojinha que fica bem na frente do restaurante Xica da Silva. Custa R$ 10,00 por pessoa. Fomos para a trilha sozinhos de buggy, é fácil de achar. Chegue antes do horário na trilha para fazer o seu “check in” e não esqueça os comprovantes de agendamento e a sua carteirinha de acesso ao Parque – eles vão pedir. Sem isso você não poderá fazer a trilha então fica a dica! Quando for alugar o kit de snorkel, não esqueçam também de alugar um colete – o uso dele é obrigatório, mas ninguém te avisa antes! O kit é super levinho, não pesa nada apesar do tamanho, então é tranquilo de carregar na trilha. No local de espera da trilha você também pode alugar esse equipamento pelo mesmo preço, mas as vezes não tem então achamos melhor garantir antes. La também vende água – recomendo comprar pelo menos uma para cada pessoa – vocês vão precisar!

A trilha tem 1,5 km de extensão, mas a quantidade de lama pelo caminho chega a ser nojenta!! Sem falar no perigo né?! Eu levei aquasocks e fui usando eles graças a deus – não vá de havaianas porque você corre sérios riscos de machucar o pé na lama…ela vai escorregar ou prender! Usar esses aquasocks foi definitivamente a melhor escolha, ou então use algum tênis com boa aderência. Uma vez que você chega no final da trilha, na praia da Atalaia, a paisagem é bem bonita e por incrível que pareça, lembra bastante a Irlanda – engraçado isso. Foi sofrido (pro meu pai) porque escorrega muito, mas finalmente chegamos na famosa piscina natural da Atalaia que é conhecido por ser um berçário e ter uma quantidade grande de vida marinha. Por ser protegida, seu tempo para snorkel na piscina é cronometrado e cheio de regrinhas. É bonito e foi possível ver bastante peixe, filhote de tubarão, moreias e até um polvo, mas não tinha tartaruga, que é o que mais queríamos ver. Aviso que tem centenas de caranguejos pela praia – daqueles bem grandes e coloridos – medo terror e pânico! Hahaha. Meia hora depois foi hora de encarar novamente a trilha. Voltamos pelo mesmo caminho. Sério, foi muito perrengue, meu deus! E olha que eu gosto de trilhas, mas essa não é agradável e definitivamente não é uma trilha para pessoas com maiores dificuldades de locomoção ou com pouco equilíbrio – pode ser bem perigoso!! Então fica a dica. Talvez essa trilha seja mais simpática em épocas secas quando não tem tanta lama, mas se você for em outra época – não recomendo! Não vale o perrengue!

Depois da trilha, resolvemos ir para a Praia do Porto fazer snorkel, porque aparentemente tem muitas tartarugas e tubarões por lá. Aparentemente tem um naufrágio perto do porto que acaba atraindo bastante vida marinha então é considerado um bom lugar para snorkel. Eu e minha mãe estávamos inconformadas que não tínhamos visto nenhuma tartaruga ainda então lá fomos nós. A gente já estava com o equipamento de snorkel, mas você pode alugar lá mesmo também, direto na praia. Para variar, não conseguimos ver nada!! O mar estava muito mexido, chuva vindo, visibilidade péssima…vimos alguns peixes e olhe lá, então rapidamente desistimos da ideia. Começou um dilúvio então voltamos correndo para a nossa pousada, aonde ficamos o resto do dia. Não parou mais de chover! Almoçamos e jantamos por lá mesmo já que a comida era muito boa e a gente não aguentava mais passar perrengue. Porque tem o problema do buggy ser aberto também né?! Então quando chove, é um caos! Kkk.

Então foi essa minha experiência de Noronha. Confesso que no dia seguinte acordei feliz de estar indo embora. Com certeza o tempo não ajudou, mas para mim a ilha tá vista! Não pretendo voltar tão cedo – só se for para mergulhar! Hahaha. Não consegui ir no Bar do Meio ver o pôr do sol, o que foi uma pena! Todo mundo me recomendou jantar na Mesa da Ana, mas precisa reservar com antecedência então não deu para ir.  E também não fui na Praia da Conceição, mas fora isso cobri quase tudo!  Em termos de hospedagem, a grande novidade é que o Nannai vai abrir agora em setembro! A obra está um pouco atrasada, mas com certeza vai ser o melhor lugar para se hospedar na ilha. O hotel Colina dos Ventos é o mais novo atualmente e pertence aos mesmos donos da Morena – foi muito recomendado por amigas que já se hospedaram lá, mas não cheguei a visitar. A melhor dica que posso dar em relação à mala de viagem é trazer repelente! Muito repelente e um bem forte! Eu fui atacada em Noronha e olha que geralmente os mosquitos não gostam de mim! Hahaha.  Os aquasocks também valem muito a pena! Então é isso – espero que tenham gostado das dicas, lembrando que os meus relatos por aqui são sempre sinceros e refletem a minha experiência pessoal!

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