Reserve Aqui 26/06/2019
Continuando a minha viagem pelo Japão, a terceira parada foi a charmosa cidade de Kyoto. Com mais de 1000 templos budistas e mais de 400 santuários xintoístas, Kyoto é sem dúvida O LUGAR para mergulhar na tradicional cultura japonesa, com ênfase na arquitetura religiosa e o design de jardins. Quando me perguntam sobre Kyoto, eu costumo definir a cidade como “o Japão que queremos ver” – é aquilo que sempre imaginamos, com os templos e santuários, arquitetura típica, geishas e costumes tradicionais. Eu amei, e por isso insisto que não existe ir para o Japão e não conhecer Kyoto!
Kyoto serviu como capital do Japão por um trecho quase ininterrupto do século VIII até meados do século XIX. O reinado de quase 1000 anos da cidade foi interrompido nos séculos XII e XIII, quando o primeiro governo feudal foi estabelecido em Kamakura. Quando o imperador foi reintegrado como chefe do país após a Restauração Meiji em 1868, a residência imperial mudou-se para Tóquio, assumindo o manto da capital da nação. No entanto, para muitos, Kyoto permanece nos corações e mentes a capital cultural do país. Aqui você encontra bairros históricos de gueixas, casas de chá, apresentações de teatro clássico e muito artesanato como laca e “washi” (papel japonês). Kyoto é também o lar espiritual do “kaiseki” (alta gastronomia japonesa). A cultura tradicional japonesa – e, portanto, Kyoto – está intimamente ligada à mudança das estações. Tudo muda com o passar do tempo: as flores em um jardim do templo, as guarnições em um prato servido durante uma refeição kaiseki formal, até mesmo os ornamentos com os quais as gueixas adornam seus cabelos.
DAY 1 – HAKONE TO KYOTO
Saímos de Hakone às 14h e pegamos o shinkansen (trem bala) para Kyoto. Chegamos pontualmente às 16h11, fiquei impressionada! Estava MUITO calor em Kyoto. Isso é algo que vale mencionar – a temperatura no Japão muda muito de cidade em cidade. Em Tóquio pegamos uma frente fria e em Kyoto pegamos um calor do cão, parecia alto verão, então fica a dica para quem estiver viajando em época de meia-estação – use camadas! Chegamos em Kyoto Station, uma das poucas coisas modernas que vi por Kyoto! Kkk. Nosso motorista estava aguardando na porta do trem e nos levou direto para o hotel.
Nos hospedamos no Four Seasons Kyoto. Antecipando possíveis perguntas, nós escolhemos ficar neste hotel porque somos fãs da cadeia Four Seasons. Achamos a localização boa e os quartos pareciam ser lindos. Outro hotel lindo cinco estrelas que vale a pena considerar é o Ritz-Carlton Kyoto. A rede AMAN de hotéis anunciou esse mês que vai abrir o Aman Kyoto ainda esse ano – com certeza será lindo e maravilhoso! Se você procura uma opção mais “zen”, afastada de tudo, vale a pena ficar no Suiran em Arashiyama. Voltando ao Four Seasons, o hotel é relativamente novo, abriu em novembro 2016. Ele é lindo!! O quarto é impecável, com detalhes incríveis em madeira, decoração luxuosa, um mega banheiro. É super chic! A área externa é linda também, com um agradável bar e restaurante ao ar livre com vista para o amplo jardim, que na verdade é um antigo jardim samurai de 800 anos que permaneceu na propriedade. Gostamos muito de ficar aqui. O buffet do café da manhã era excelente, super completo, e o SPA lindo!
Nos instalamos e aproveitamos para dar uma relaxada antes do jantar. Às 20h fomos jantar no famoso Yoshikawa Inn, conhecido como o melhor tempura de Kyoto! O concierge do Four Seasons que fez a reserva para gente. O restaurante é mínimo e bem concorrido, então tem que reservar com bastante antecedência. O Yoshikawa é O LUGAR para comer tempura! Foi altamente recomendado em diversos sites e guias, inclusive pelo concierge do hotel. Anexado ao Yoshikawa ryokan, é super intimista – você come em volta do pequeno balcão (para apenas 10 pessoas) e observa os chefs trabalhando – é bem legal. Para quem não sabe, tempura nada mais é do que frutos do mar e legumes levemente fritos em óleo de gergelim. É geralmente servido como um prato (de uma só vez, em conjunto com arroz e sopa) ou como uma refeição, com pedaços entregues pouco a pouco, um de cada vez, após serem fritos na sua frente, como foi o caso de Yoshikawa. Eu tinha certeza que iria sair do jantar rolando depois de comer tanta fritura, mas a massa do tempura bem feita não pesa! Fiquei surpresa. Recomendo!
Uma dica com relação à taxi em Kyoto. Como em Tóquio, a grande maioria não fala inglês então o ideal é pedir sempre para o hotel ou para o restaurante chamar um taxi para você! E ande sempre com o cartão do seu hotel para poder mostrar ao taxista caso você esteja na rua! O nosso hotel pedia para agendar o taxi com uma certa antecedência, então leve isso em consideração.
DAY 2 – CLASSIC KYOTO
No dia seguinte acordamos cedo prontos para explorar a cidade! Os meus pais já tinham ido para Kyoto, mas eu estava ansiosa para ver os famosos templos e santuários. Pelos próximos dois dias pegamos uma guia privada para nos acompanhar e explicar tudo. No primeiro dia optamos por utilizar o transporte público já que a gente iria passear somente pela cidade, e no segundo dia optamos por um carro com motorista já que fomos para Arashiyama que é um pouco mais afastado. No fim, acabamos usando bastante taxi, mais do que metrô, para cobrir as principais distâncias. Nos encontramos então na recepção do nosso hotel às 9h. A nossa guia chamava Mrs. Chiharu – super fofinha!
A nossa primeira parada foi o famoso Fushimi Inari Shrine. Este santuário xinto é lindo e absolutamente ENORME! Ele foi construído em homenagem aos deuses do arroz e do saquê pela família Hata no século VIII. Como o papel da agricultura diminuiu, as divindades foram inscritas para garantir a prosperidade nos negócios. Hoje em dia, este é um dos santuários mais populares do Japão, e é o santuário principal de cerca de 40.000 santuários Inari espalhados pelo país. Logo na entrada é impossível não notar as raposas como guardiãs, e ao explorar o santuário, você encontrará centenas de raposas de pedra. A raposa é considerada a mensageira de Inari e por isso aparecem com tanta frequência. A palavra japonesa “Inari” significa o kami japonês (espírito) das raposas, da fertilidade, arroz, chá e saquê, da agricultura e indústria, da prosperidade geral e do sucesso mundano, e é um dos principais kami do xintoísmo. Essas raposas de pedra também são chamadas de Inari e frequentemente são vistas com uma chave na boca que simbolicamente seria a chave do celeiro de arroz.
O Fushimi Inari Shrine é na verdade um enorme complexo composto por cinco santuários e se estende até os bosques de Inari-san. Milhares de portões torii se espalham pelo complexo, num caminho que vai subindo uma montanha densamente arborizada. Parece um mundo próprio dentro de Kyoto. É, simplesmente, uma das vistas mais impressionantes e memoráveis de toda a cidade! Mais de 10 mil portões torii foram doados ao complexo por pessoas e companhias que quiseram ter o seu pedido realizado. Existe uma fila de espera enorme para poder “doar” um torii ao complexo – é preciso esperar abrir vaga. Como o Fushimi Inari Shrine foi votado a atração turística nº 1 do Japão pelo Trip Advisor, você já pode imaginar a QUANTIDADE de gente que vai todo dia, e a maioria em busca da mesma coisa que eu e você – uma lindíssima foto com os toriis vermelhos e sem ninguém ao fundo. Para conseguir atingir essa tarefa quase que impossível, recomendo chegar bem cedo! Hahaha. E também recomendo ter bastante paciência e fôlego para subir o caminho de 4 km. Mesmo indo cedo vai estar cheio então a melhor dica que posso dar é continue subindo…a maioria das pessoas só sobe a parte inicial do caminho…então mais pra cima é mais vazio! Para você ter uma ideia do número de pessoas, o dia mais cheio do ano é na virada do ano quando passam 3,2 MM de pessoas!! É impressionante! Mas é lindo e o passeio é imperdível! Aproveita e faça um pedido também!
A próxima parada foi o Nishiki Market no centrinho de Kyoto. Esse é um passeio bem legal para fazer – tem bastante coisa para ver, comprar e experimentar! O mercado é coberto e vale ir conhecer para ver um monte de coisas estranhas, como os polvos espetados com um ovo dentro, mas também um monte de coisa deliciosa. Passeamos por barracas que vendem de tudo, desde barris de “tsukemono” (legumes em conserva) e doces japoneses fofinhos a espetos yakitori e sal de wasabi. Eu provei o “dango” com um molho shoyu açucarado – bem gostosinho. O dango é uma bolinha de mochi sem recheio ou gosto algum, que é grelhado e depois você mergulha em um dos dois molhos oferecidos – tradicionalmente o molho de misô branco ou então esse shoyu açucarado.
Almoçamos num restaurante de ramen ao lado do mercado chamado Gogyo. É uma franquia da famosa cadeia chamada Ippudo. A especialidade do restaurante era o burnt miso sauce e burnt soy sauce ramen, então é nesses que fomos! Eu provei o burnt soy sauce ramen que estava uma delícia! Como eu amo ramen! Kkk. Meu pai provou o outro. Também pedimos uma porção de gyoza como acompanhamento que estava muito boa. Não é a toa que sempre tem uma fila enorme do lado de fora desse restaurante na hora do almoço – o ramen é fantástico e os mini gyozas também! Fica na rua Nishikikoji-dori. Recomendo!
Depois do almoço nossa guia nos levou para a casa de chá mais famosa do Japão – Ippodo! Este é o melhor lugar para comprar chá! Como Kyoto foi o centro cultural do país por anos e anos, eles desenvolveram muitos produtos artesanais. Eles são conhecidos pelo chá verde, a porcelana, os kimonos, os cintos “obe”, a laca, etc. A melhor loja para comprar artigos de laca em Kyoto é a Zohiko. A loja é linda! Vai ser difícil resistir, é uma coisa mais linda que a outra, mas já aviso – tem muitas peças caríssimas! Vale a pena dar uma olhada. É bonito de se ver. Essas lojas ficam perto do Nishiki Market também, na Teramachi dori, uma rua com muitas lojinhas de antiguidades. Lá tem também uma loja de docinhos japoneses muito boa chamada Rakushinkan! Prove!
Depois de passear pelas lojas, fomos para a parte histórica de Kyoto que é um CHARME! Lembro de ter pensado: “agora sim”! Kkk. Essa área se chama Higashiyama e é basicamente isso que você quer ver quando vem para o Japão, é isso que você imagina, se é que você me entende. É uma graça! Passamos uma boa parte da tarde passeando por Higashiyama, vendo todas as lojas de porcelana, comidinhas, leques, kimonos, etc. A Yoyija é uma loja de cosméticos muito legal – eles fazem uns cremes bom e são famosos por “oil blotting papers” – aquelas folhas de papel bem finas que absorvem o óleo do rosto sabe?! Compramos um monte! Pelas ruas você encontra muitas lojas de aluguel de kimono e a nossa guia nos explicou o porquê: muitos chineses e coreanos gostam de alugar kimonos para passear nessa área a caráter tirando fotos!! É muito engraçado! Tem muitos! Então não se engane – as mulheres que você ver passeando por Higashiyama de kimonos são 99% das vezes chinesas ou coreanas vestidas de “fake geishas”! Hahaha. Você também pode se quiser! Kkk.
Falando nessas meninas fantasiadas de geishas, tem um templo muito fofo nessa área chamado Yasaka Koshindo Temple – elas fazem fila para tirar fotos aqui! O local é bonito, eu também tirei foto kkk, mas sem kimono! O templo é pequeno, mas tem dezenas de bolinhas coloridas penduradas – é bem fofo! Essas bolinhas chamam “kukurizaru” e supostamente carregam os desejos dos visitantes. Outros locais bacanas em Higashiyama dignos de fotos no Instagram são o Hello Kitty Store e Café e o Starbucks! Sim, em Kyoto tem o primeiro Starbucks “tatami” do mundo! Kkk. Ele foi todo adaptado e fica dentro de uma tradicional casa de chá – é bem legal!
Depois de explorar toda área Higashiyama, andamos pelo Maruyama Park em direção ao famoso bairro de Gion – o distrito das Gueixas e entretenimento! Embora as verdadeiras origens de Gion estivessem em casas de chá que atendiam viajantes cansados que visitavam o santuário próximo, em meados do século XVIII a área tornou-se o maior distrito de prazer de Kyoto! Passear por aqui é uma viagem no tempo, com ruas “temáticas” cheias de restaurantes tradicionais do século 17 e casas de chá acesas com lanternas. O melhor jeito de conhecer o bairro é ir no final do dia para ter a chance de ver as gueixas nas ruas. Na verdade, elas não são chamadas de Gueixas – em Kyoto chamam de Geiko-San, e uma aprendiz é uma Maiko-San. Conseguimos avistar uma ou outra, mas também não estávamos muito preocupados porque íamos ter um jantar exclusivo com uma Geiko-San! Passeamos um pouco pelo bairro e paramos no Forever Museum of Contemporary Art porque estava tendo uma exposição linda da Yayoi Kusama! Como tudo no Japão é super limpo e metódico, tivemos que tirar os sapatos para entrar e guardá-los num locker. Era proibido tirar fotos também na maior parte da exibição. Eu achei que valeu muito mais a pena ver essa exibição do que ir no museu dela em Tóquio! Tinha muito mais obras e mais bonitas também! Se tiverem a ocasião, não pensem duas vezes. Foi bem legal! Antes de voltar para o hotel descansar, fizemos um pit stop na Malebranche, uma famosa loja de chocolates em Gion!
Diferente de Tóquio, pegamos MUITO calor em Kyoto, então depois de andar o dia todo turistando estávamos mortos! Voltamos para o hotel descansar por uma horinha antes de sair para o jantar. Como mencionei, tivemos um jantar exclusivo com uma Gueixa. Foi super especial e uma experiência única. Se você puder, recomendo demais! Como ela tinha outros compromissos depois, nosso jantar foi cedo às 18h30. Jantamos num restaurante de Shabu Shabu muito bom chamado Ifuji! Tínhamos uma salinha privada com tatame e tudo. Além de cozinhar, conversar e responder nossas perguntas, ela também fez uma performance (dança típica). Foi muito bacana! A nossa guia foi junto para poder fazer a tradução. Nossa Geiko se chamava Mayuha-San e ela era tão conhecida que já tinha até jantando com ex-presidentes dos Estados Unidos! Kkk. Foi muito legal aprender mais da cultura delas nessa experiência intimista.
A palavra gueixa significa literalmente “pessoa de arte”. Em Kyoto, o termo usado é “geiko” – filho das artes. Embora vestida com as melhores sedas e muitas vezes surpreendentemente bonita (para os padrões japoneses), as gueixas são, em primeiro lugar e acima de tudo, musicistas e dançarinas. Além disso, elas são charmosas e boas de papo. Raridade nos dias de hoje, elas ainda continuam a entreter. A geiko de hoje em dia vive uma vida dramaticamente diferente de suas antecessoras. Quem já assistiu o filme “Memórias de uma Gueixa”?! Lindo né?! Mas hoje em dia as gueixas começam seu treinamento somente na adolescência, ao invés de aos 6 anos. Elas saem de casa e vão morar na “okiya” (elas ainda existem – quartos de hóspedes de gueixas) aonde elas começam a trabalhar como aprendiz. Enquanto no passado uma maiko jamais seria vista sem trajes elegantes, as maikos de hoje em dia agem como adolescentes comuns no seu tempo livre. Algumas acabam nunca virando gueixas.
Em Kyoto, as maikos são facilmente distinguidas pelo seu vestuário ornamentado, com um longo cinto obi arrastando atrás e os imponentes tamancos de madeira. A maiko usa o seu próprio cabelo (somente geikos podem usar perucas) em penteados dramáticos, acentuado com ornamentos opulentes e extremamente caros. As maikos, em contraste, usam roupas mais discretas e um coque mais simples, ou então usam uma peruca. Todas pintam seus rostos com uma maquiagem espessa e branca, deixando apenas uma sugestiva linha de pele nua na nuca. As sobrancelhas são pintadas e o lábio inferior é vermelho. À medida que a gueixa se torna mais velha, a sua maquiagem torna-se cada vez mais natural.
DAY 3 – WESTERN KYOTO
No terceiro dia encontramos nossa guia no lobby do hotel às 9h e saímos em direção de Arashiyama com o nosso motorista. Conforme eu mencionei acima, como nesse dia íamos visitar pontos turísticos fora de Kyoto, achamos melhor contratar um carro com motorista do que andar de transporte público ou táxi – fazia mais sentido! Como no dia anterior exploramos toda região leste de Kyoto, no terceiro dia nós desbravamos o lado oeste! Do nosso hotel até Arashiyama levamos aproximadamente 40 minutos. A palavra Arashiyama significa “stormy mountains” em inglês, ou seja, montanhas tempestuosas (thanks google translate)! Kkk. Essa é uma área linda e incrivelmente verde nos arredores de Kyoto.
A nossa primeira parada foi Otagi Nenbutsu-Ji, um templo único e escondido com mais de 1200 figuras de Rakkan (discípulo de Shaka, o fundador do budismo) esculpidas em rochas por pessoas de várias partes do país de 1981 a 1991 na época da reconstrução do templo. É interessante, pois cada escultura acabou sendo totalmente diferente da outra – algumas mais sérias, outras chegam a ser cômicas com figuras usando óculos de sol, por exemplo! E só de pensar que isso é um templo budista…kkk. O lugar é bem bonito e bem verde. Não é nada de especial, mas já que vai até essa região, não custa conhecer rapidamente.
Desse templo fomos descendo uma estradinha a pé, caminhando pelas pitorescas ruas de Sagano, uma pequena vila pacata, até chegar no Gio-Ji Temple. Esse vale a pena! Este pequeno templo perto do extremo norte da principal rota turística de Arashiyama é uma das jóias escondidas de Kyoto. Sua principal atração é o exuberante jardim de musgo do lado de fora do salão do templo. O jardim é super lindo! A história por trás do templo é triste, mas eu não vou contar – vou deixar vocês pesquisarem sozinhos kkk. O local deve ser especialmente lindo no outono quando todas as árvores de bordo ficam com folhas em tons de vermelho, laranja e amarelo. Eu fui na primavera então as folhas estavam em tons de verde claro, quase um neon! Muito muito bonito. Fora o que são fofas as folhas né?! Super delicadas! Voltei apaixonada por árvores de bordo japonesas! Kkk.
Seguimos andando até o Arashiyama Bamboo Grove – o famoso bambuzal que aparece em todos os resultados de busca do Japão! Kkk. Realmente é muito bonito e imponente, mas prepare-se pelo mar de pessoas que você irá encontrar. Assim como o Fushimi Inari Shrine, conseguir tirar uma foto sem ninguém por trás requer muita paciências e habilidade! Hahaha. Hastes grossas de bambu verde parecem continuar indefinidamente em todas as direções. O bosque percorre a saída do portão Norte do Tenryu-Ji Zen garden até a villa Okochi Sanso. É imperdível!
Seguimos o percurso inteiro e chegamos no Tenryu-Ji Temple. O nome significa “o templo do dragão celestial”. O templo é conhecido pelo seu “zen garden” – o jardim é inclusive um Patrimônio Mundial da UNESCO. Eu não sou muito fã desse estilo de jardim japonês, acho meio chato, então entramos, apreciamos um pouco e fomos almoçar. Não tem muita opção de comida nessa região e a maioria dos restaurantes são vegetarianos, com muito tofu no cardápio, então nossa guia nos levou para o Anju, um restaurante de carne. Não foi nada demais.
Depois do almoço fomos conhecer o Kinkaku-Ji, mais conhecido como “Golden Pavillion”, um dos lugares mais icônicos e fotografados de Kyoto. O salão principal, coberto com folhas de ouro brilhando acima do lago e refletindo é verdadeiramente espetacular. É realmente muito bonito! Hoje não podemos mais ver o edifício original que foi construído em 1397 como uma casa de repouso para o shogun Ashikaga Yoshimitsu. Em 1950, a casa foi totalmente queimada, mas em 1955, concluíram uma reconstrução completa que seguiu o desenho original com uma única diferença – as folhas de ouro foram estendidas para os telhados dos andares inferiores também. Então hoje o pavilhão brilha mais do que nunca!
Depois de ver o Golden Pavillion, estava muito quente e a gente não aguentava mais ouvir a nossa guia falando para ser bem sincera hahaha, então resolvemos voltar para o nosso hotel (mais 40 minutos). Parte da graça de ficar em hotéis bons é também poder curtir as suas instalações, pelo menos é o que eu sempre faço. Aproveitamos as horas livres no final da tarde para curtir o SPA do hotel (maravilhoso por sinal). A noite a gente tinha reservado um jantar no restaurante Torito, um local badalado de yakitori, mas a gente estava com tanta preguiça que resolvemos abortar e jantar no restaurante do hotel mesmo. Viagens as vezes tem disso né?! Quem mais adora fazer isso de vez em quando? Kkk.
O QUE COMPRAR EM KYOTO
Kyoto é conhecido pelas suas balinhas chamadas “Wagashi Sweets”. O melhor local para comprá-las é numa loja chamada Tsuruya Yoshinobu. Não se esqueça dos Kit Kat’s de edição limitada que você só encontra em Kyoto! Vale a pena comprar porque depois você não acha! Em Kyoto você também encontra muitos produtos artesanais então vale investir em “Kanzashi” (ornamentos para os cabelos), pentes de madeira e chopsticks (pauzinhos)! A melhor papelaria da cidade é a Kamiji Kakimoto – não deixe de conhecer. Compre também aquelas folhas de absorção de óleo que eu mencionei no início do post – são muito boas! Comprei dezenas de pacotinhos! Kkk. E por fim, não deixe de comprar chá Matcha, uma especialidade de Kyoto!